O presidente americano, Joe Biden, fez um apelo à ONU pela a autorização de uma 'missão multinacional de apoio à segurança' do HaitiAFP

Nova York - O presidente americano, Joe Biden, instou a ONU, nesta terça-feira (19), a autorizar uma "missão multinacional de apoio à segurança", com o Quênia à frente, para lidar com gangues em um Haiti devastado por conflitos.
"Apelo ao Conselho de Segurança que autorize essa missão agora. O povo do Haiti não pode esperar muito mais", declarou Biden na Assembleia Geral da ONU, em Nova York.
As autoridades haitianas e o secretário-geral da ONU, António Guterres, defendem, há meses, um destacamento para o país caribenho, que se afunda em uma série de crises humanitárias, políticas e de segurança que sobrecarregaram seu fraco governo e forças de segurança.
Muitos países têm hesitado em intervir, em parte por medo de se virem em um sangrento atoleiro.
No final de julho, porém, o Quênia anunciou que estava disposto a liderar uma intervenção policial multinacional para formar e ajudar a polícia haitiana, com Nairóbi prometendo enviar 1.000 agentes.
A missão precisaria do sinal verde do Conselho de Segurança, embora não fosse mobilizada sob a bandeira da ONU. O órgão começou no início desse mês as negociações sobre o tema.
Mais de 2.400 pessoas foram mortas no Haiti desde o início de 2023, em meio à violência desenfreada de gangues, disse a ONU no início de setembro.
As gangues controlam cerca de 80% da capital, e os crimes violentos dispararam, incluindo sequestro para pedido de resgate, roubo de automóveis, estupro e roubo à mão armada.
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