Joe Biden, presidente dos Estados UnidosAndrew Caballero-Reynolds/AFP
Durante o discurso, o democrata de 80 anos, candidato à reeleição em 2024, cometeu um erro, mais um para a longa lista de gafes que preocupam os americanos devido a sua idade.
Ele se referiu ao 'Congressional Black Caucus' (Caucus Negro do Congresso) e não ao latino em um momento de seu discurso.
Biden elogiou a freira Norma Pimentel, diretora da organização Caridades Católicas e uma das homenageadas durante a cerimônia do CHCI, uma organização apartidária e sem fins lucrativos, integrada por congressistas latinos, além de líderes sindicais, empresariais e ONGs.
"Eu sei que Norma vive as lições que as freiras me ensinaram. Lições baseadas no Evangelho de Mateus: alimentar os famintos, cuidar dos doentes, acolher os estranhos", disse o presidente.
O presidente afirmou que tem o maior número de hispânicos no gabinete durante um discurso repleto de números.
Quatro milhões de empregos dos 13,5 milhões criados pelo plano econômico "Bidenomics" foram para os latinos e o desemprego entre os hispânicos registra "mínimos históricos", afirmou.
O presidente revisou as políticas de seu mandato e destacou que beneficiaram a comunidade latina. Ele citou como exemplo a ampliação dos serviços de saúde, a redução do preço de alguns medicamentos, os investimentos em infraestruturas e o alívio do peso da dívida estudantil.
Também mencionou os eixos centrais do seu mandato: que os ricos e as grandes empresas "comecem a pagar a parte justa", a proibição das armas de ataque e "ajustar o sistema de imigração quebrado".
"Infelizmente, muitos republicanos no Congresso sob (o mandato do) meu antecessor passaram quatro anos destruindo o sistema migratório", disse, em referência a Donald Trump, a quem poderá enfrentar novamente nas eleições presidenciais de 2024.
"Hoje, eles continuam minando a nossa segurança nas fronteiras ao bloquear a reforma bipartidária", acrescentou Biden, que culpa o Congresso pela crise migratória por não alcançar um acordo sobre uma reforma.
Os democratas são obrigados, segundo Biden, a utilizar ferramentas que não precisam da aprovação das Câmaras, mas ele prometeu que continuará lutando pelos 'dreamers' ('sonhadores', como são conhecidos os jovens que chegaram aos Estados Unidos ainda crianças) e para ampliar as vias legais de entrada de migrantes no país.
A influência dos latinos será fundamental nas eleições de 2024, nas quais mais de 30 milhões de hispânicos poderão votar para presidente.
Embora tradicionalmente os hispânicos votem nos democratas, o apoio desta comunidade aos republicanos aumentou nos últimos anos, como foi observado nas eleições de 2020 com Trump.
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