Presidente Joe BidenAFP

A decisão dos Estados Unidos de aumentar o apoio militar a Israel após os ataques do movimento islamita palestino Hamas não afetará a capacidade de Washington continuar armando a Ucrânia, garantiu sua embaixadora na Otan, Julianne Smith, nesta terça-feira, 10.
"Sobre se o apoio dos Estados Unidos a Israel pode ou não ocorrer às custas do apoio à Ucrânia, não prevemos nenhum grande obstáculo neste sentido", disse aos jornalistas a representante dos EUA na Aliança Atlântica, Julianne Smith.
"Acredito que os Estados Unidos serão capazes de permanecer concentrados na nossa parceria e compromisso com a segurança de Israel, ao mesmo tempo que honrarão os nossos compromissos e prometer continuar apoiando a Ucrânia", afirmou.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou no domingo, 8, que navios e embarcações de combate se aproximassem de Israel, em uma demonstração de apoio, e enviou nova ajuda militar.
Esta nova crise surge em um momento em que a Casa Branca procura uma forma de manter o fluxo de fornecimentos de armas para a Ucrânia.
Os aliados da Ucrânia se reunirão em Bruxelas na quarta-feira para discutir o fornecimento de armas, concentrando-se na contraofensiva ucraniana e nas formas de fornecer defesas aéreas.
"Prevejo que a ênfase será principalmente na defesa aérea e nas munições, embora sem dúvida os ucranianos virão com uma série de outros pedidos", disse Smith.
Desde o início da ofensiva russa em fevereiro do ano passado, a ajuda prestada pelos Estados Unidos à Ucrânia é equivalente à de todos os membros europeus da Otan e do Canadá juntos.
Os diplomatas da Otan insistem que não há risco de o fornecimento de armas à Ucrânia acabar em um futuro próximo.
No entanto, o chefe da diplomacia da UE já alertou que o bloco não seria capaz de cobrir qualquer lacuna de financiamento deixada pelos Estados Unidos.