Tel Aviv após sequência de bombardeios do Hamas nos últimos diasJACK GUEZ / AFP
Dezenas de estrangeiros mortos, feridos ou sequestrados pelo Hamas em Israel
Confronto já deixou mais de 1.200 mortos do lado israelense. Vários deles participavam de uma festa rave no deserto perto da fronteira com a Faixa de Gaza
Dezenas de cidadãos estrangeiros foram assassinados, feridos, ou feitos reféns desde a ofensiva lançada pelo grupo islâmico palestino Hamas contra Israel, que já deixou mais de 1.200 mortos do lado israelense. Vários deles participavam de uma festa rave no deserto perto da fronteira com a Faixa de Gaza, onde pelo menos 250 pessoas morreram.
Confira a seguir o balanço divulgado até agora:
O Itamaraty confirmou, nesta terça-feira, a morte dos brasileiros com dupla nacionalidade israelense Ranani Nidejelski Glazer e Bruna Valeanu.
Pelo menos 20 tailandeses morreram em território israelense, 13 ficaram feridos, e 14 teriam sido sequestrados, informou o Ministério das Relações Exteriores. Cerca de 5.000 tailandeses foram retirados das zonas de risco, acrescentou a mesma fonte. Em Israel, moram em torno de 30.000 tailandeses que trabalham, sobretudo, na agricultura.
O presidente americano, Joe Biden, confirmou a morte de "pelo menos 14 cidadãos americanos" e acrescentou que "entre os retidos pelo Hamas há cidadãos americanos".
O Nepal relatou que dez cidadãos foram mortos na ofensiva, segundo o embaixador em Tel Aviv. Outros quatro nepaleses estão hospitalizados em Israel, e a embaixada informou que um quinto cidadão do país asiático está desaparecido.
A primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, informou nesta quarta dez franceses mortos e 18 "dos quais não temos notícias". A Chancelaria argentina confirmou a morte de sete argentinos e o desaparecimento de outros 15.
A embaixada de Moscou em Tel Aviv confirmou, na terça-feira, a morte de quatro russos que também tinham cidadania israelense. A missão diplomática informou que não há informações sobre cidadãos russos sequestrados, mas reportou que há seis desaparecidos.
O presidente da Comunidade Chilena em Israel, Gabriel Colodro, disse à AFP que há uma pessoa desaparecida e que seu marido, cidadão espanhol, também tem paradeiro desconhecido. O chanceler chileno, Alberto van Klaveren, informou, ontem, a morte de três israelenses descendentes de chilenos.
O Ministério das Relações Exteriores de Kiev confirmou que três ucranianos morreram e que outros seis estão desaparecidos. A Chancelaria peruana informou que dois cidadãos morreram e que três estão desaparecidos. O embaixador filipino em Israel informou nesta quarta-feira que uma mulher e um homem filipinos morreram. Outros três compatriotas estão desaparecidos.
Dois homens de nacionalidade britânica morreram no ataque, confirmaram suas famílias. A BBC informou, nesta quarta-feira, que 17 britânicos, incluindo crianças, podem estar mortos, ou desaparecidos. O Ministério das Relações Exteriores não confirmou números, mas declarou que "um número significativo" de cidadãos com dupla nacionalidade, britânica e israelense, foram apanhados em meio aos combates.O
Ministério espanhol das Relações Exteriores anunciou, nesta quarta-feira, o "falecimento da cidadã hispano-israelense Maya Villalobo Sinvany", que, segundo a imprensa espanhola, era uma jovem que prestava serviço militar em um quartel perto da Faixa de Gaza. Outro espanhol teria sido "afetado" pelo ataque do Hamas, conforme anunciado anteriormente pela mesma fonte. Segundo a imprensa local, ele estaria desaparecido.
O Ministério das Relações Exteriores informou nesta quarta que um azerbaijano faleceu. O governo canadense informou a morte de um de seus cidadãos e o desaparecimento de outros três cidadãos. O Ministério das Relações Exteriores da Áustria declarou que um dos três cidadãos com dupla nacionalidade desaparecidos no sul de Israel foi encontrado morto.
A ministra das Relações Exteriores, Penny Wong, informou a morte de uma australiana nos ataques. O primeiro-ministro cambojano, Hun Manet, confirmou a morte de um estudante do país que se encontrava em Israel. Vários cidadãos alemães, que também têm nacionalidade israelense, foram sequestrados, declarou o Ministério das Relações Exteriores no domingo.
A ministra das Relações Exteriores, Alicia Barcena, escreveu na rede social X (antigo Twitter) que dois mexicanos, um homem e uma mulher, foram tomados como reféns, sem dar mais detalhes.O Ministério das Relações Exteriores do Paraguai informou no domingo o desaparecimento de dois cidadãos paraguaios residentes em Israel.
O embaixador de Israel na Colômbia indicou, na segunda-feira, que dois cidadãos estão desaparecidos, após terem sido sequestrados. A Chancelaria informou que recebeu "algumas solicitações de assistência para localizar dois nacionais do país, que, no momento do ocorrido, se encontravam em um festival perto da fronteira entre Gaza e Israel".
O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou que dois cidadãos, que também têm nacionalidade israelense, foram reportados como desaparecidos. O embaixador da Tanzânia em Israel, Alex Kallua, informou à AFP que há dois cidadãos de seu país desaparecidos.
O embaixador do Sri Lanka em Israel informou nesta terça que dois de seus cidadãos estão desaparecidos. Uma irlandesa, de 22 anos, que também tem nacionalidade israelense, está desaparecida. O governo do Panamá informou que a cidadã panamenha Daryelis Denises Sáez Batista foi encontrada com vida em um abrigo. Seu marido, cidadão mexicano, também está a salvo.
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