Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, e o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin NetanyahuJacquelyn Martin / AFP
Em uma das fotos, publicada pelo governo na rede social X (antigo Twitter), vê-se o corpo de um menino ensanguentado em uma bolsa mortuária. Outras imagens mostram os restos mortais carbonizados de outro bebê.
Estas imagens "superam praticamente tudo o que um ser humano pode entender e assimilar", disse o secretário de Estado americano, responsável pela diplomacia do país.
"O mundo está vendo novas provas da perversidade e da desumanidade do Hamas [...], direcionadas a bebês, crianças, jovens adultos, idosos, pessoas com deficiência", acrescentou.
Nos últimos dias, uma polêmica sacudiu Israel sobre a existência de provas das atrocidades cometidas pelos milicianos do movimento islamita Hamas em um kibutz (fazenda coletiva), depois que uma emissora de televisão reportou, citando uma fonte militar, a descoberta de "bebês decapitados".
No sábado, o Hamas lançou uma ofensiva ampla contra Israel, que respondeu bombardeando Gaza.
Segundo balanços dos dois lados, a guerra matou ao menos 1.354 palestinos em Gaza e mais de 1.200 pessoas foram mortas pelos milicianos do Hamas em território israelense.
O Exército informou, ainda, ter encontrado cerca de 1.500 corpos de combatentes do Hamas que haviam se infiltrado no país.
'Necessidades humanitárias'
"Falamos sobre a forma de atender às necessidades humanitárias da população de Gaza para protegê-la de qualquer dano, enquanto Israel realiza suas operações legítimas de segurança para se defender do terrorismo e tentar garantir que isto não volte a acontecer", disse o chefe da diplomacia americana após o encontro.
"Também mencionamos as possibilidades de uma passagem segura para os civis [da Faixa de Gaza], que queiram abandonar a região ou buscar refúgio", acrescentou Blinken.
Funcionários americanos anunciaram diálogos sobre estas passagens com Israel e com o Egito, que também faz fronteira com a Faixa de Gaza, antes de uma possível operação terrestre israelense.
O presidente do Egito, Abdel Fattah al Sissi, porém, disse, nesta quinta-feira, que os moradores da Faixa de Gaza "devem se manter firmes e permanecer em sua terra", ignorando a pressão para autorizar a saída de civis do território.
Blinken também culpou o Hamas pelo tratamento dos civis palestinos.
"O Hamas continua usando os civis como escudos humanos", afirmou o secretário de Estado, acusando o movimento de "pôr civis em perigo, intencionalmente, para se proteger a si próprio, sua infraestrutura e suas armas".
Gaza sofre um bloqueio israelense desde que o Hamas chegou ao poder no enclave, em 2007.
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