O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante reunião bilateral com Kristalina Georgieva, Diretora-Geral do FMIReprodução/Agência Brasil
“Estamos acompanhando muito de perto a forma como a situação evolui. Especialmente, como ela está afetando os mercados petrolíferos, mas ainda é muito cedo para dizer [algo] em termos de [potenciais] impactos econômicos”, declarou Georgieva a jornalistas que estão acompanhando a reunião anual do FMI, que acontece em Marrakech, no Marrocos. o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também participa do evento.
Destacando que vários países têm sido afetados por catástrofes naturais, como o próprio Marrocos, onde, em setembro, um terremoto matou milhares de pessoas, e também por guerras “que causam perdas trágicas de vidas civis e um enorme sofrimento”, Georgieva disse que o mundo, “ainda enfraquecido pelo baixo crescimento econômico” global, passa por “choques graves que estão se tornando o novo normal”.
“Esta é uma nova nuvem no horizonte já não mais ensolarado da economia mundial. Uma nova nuvem desnecessária e que escurece o horizonte”, acrescentou a diretora-geral do FMI, lembrando que, em virtude do confronto entre Israel e Hamas, os preços do petróleo vêm flutuando nos mercados internacionais. “Vimos alguns altos e baixos nos preços do petróleo [ao longo da semana], como reação dos mercados. Estamos monitorando isso de perto.”
Conflito
Em seis dias de conflito, as autoridades palestinas afirmam já ter contabilizado ao menos 1.417 mortos em Gaza. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), ao menos 340 mil moradores de Gaza já tiveram que deixar suas casas e comunidades.
Israel, por sua vez, garante que mais de 1,3 mil pessoas de várias nacionalidades já morreram em consequência do ataque inicial do Hamas e dos mísseis que o grupo palestino continua lançando contra comunidades israelenses próximas à fronteira.
“Qual é a nossa reação a isso? É de cortar o coração ver civis inocentes morrendo. Um ataque de um lugar a outro e que causa reciprocidade na resposta e quem paga o preço? É o inocente quem paga o preço”, concluiu a diretora-geral do FMI.
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