O porta-voz do Exército israelense, Daniel HagariAFP
O contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz das IDF, disse em briefing para a imprensa que Israel tem informações de que existem vários túneis que levam à base subterrânea do lado de fora do hospital, de modo que os funcionários do Hamas não precisam entrar no hospital para chegar até lá. Mas também acrescenta que, além disso, há uma entrada para o complexo subterrâneo por dentro de uma das enfermarias. Ainda de acordo com as IDF, a segurança interna do Hamas tem um centro de comando dentro do Hospital Shifa, de onde direciona disparos de foguetes contra Israel e armazena armas.
Hagari acusou o Hamas de usar o hospital – com 1,5 mil leitos e cerca de 4 mil funcionários – como escudo humano. "O Hamas usa o hospital Shifa como escudo para a infra-estrutura terrorista do Hamas. O Hamas faz guerra nos hospitais. Ao operar a partir destes hospitais, o Hamas não só põe em perigo a vida de civis israelenses; mas também explora civis inocentes de Gaza", disse.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu divulgou em sua conta do X (antigo Twitter) um vídeo ilustrativo que mostra como seria a infraestrutura do Hamas no hospital, tanto no subterrâneo quanto na superfície. Nas imagens, são destacados dois geradores do hospital que seriam usados para abastecer os centros de comando subterrâneos do grupo terrorista.
As IDF também divulgaram uma ligação gravada entre dois habitantes de Gaza, que comprovam que a sede principal das brigadas Al-Qassam, do Hamas, está localizada na área do hospital, contando com banheiros, quartos e centros de comando. O uso da infraestrutura do hospital também foi confirmada por meio de outra ligação gravada, desta vez com um alto oficial responsável por questões energéticas em Gaza. Na conversa, o homem afirma que o Hamas tem atualmente pelo menos meio milhão de litros de combustível sob seu controle, que usariam para os terroristas disporem de oxigênio nos túneis, telefones, chuveiros e iluminação no complexo subterrâneo.
"A exposição dessas informações sobre os centros de comando do Hamas só comprovam que o grupo terrorista não se importa com os cidadãos de Gaza e não representam de fato a população palestina. Fica claro que, usando uma localização tão importante quanto um hospital, que deveria ter função humanitária em meio à guerra, para seus próprios interesses e para a articulação de seus ataques terroristas, o Hamas só tem um objetivo: destruir Israel, custe o que custar", afirma André Lajst, cientista político especialista em Oriente Médio e presidente executivo da StandWithUs Brasil.
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