Países se comprometeram a combater a lavagem de dinheiroFoto:Reprodução/Internet
"Essas jurisdições se comprometeram a implementar um plano de ação para resolver rapidamente as deficiências estratégicas identificadas dentro dos prazos acordados", anunciou o GAFI em comunicado.
Por outro lado, a organização rebaixou o status da Bulgária, país da União Europeia (UE), que passou a fazer parte da "lista cinza".
Esta lista contém agora 23 jurisdições com "deficiências estratégicas" em seus regimes de combate à lavagem de dinheiro, ao financiamento do "terrorismo" e à proliferação de armas de destruição em massa.
A "lista cinza" inclui jurisdições que "trabalham ativamente" com a organização para remediar a situação, ao contrário da "lista negativa", que inclui países como a Coreia do Norte, o Irã e Mianmar.
A "lista negativa" de países com "graves deficiências estratégicas" permaneceu inalterada e o GAFI instou os seus membros a "aplicarem contramedidas para proteger o sistema financeiro internacional contra a lavagem de dinheiro, o financiamento do terrorismo e o financiamento da proliferação nuclear".
Objetivo "primordial"
O GAFI, entidade intergovernamental com sede em Paris criada em 1989, incluiu o Panamá na sua "lista cinza" em 2019.
Esta organização estuda a forma como o "terrorismo" é financiado e como se articula a lavagem de dinheiro, e desenvolve normas e recomendações para que os seus países-membros tomem medidas para corrigir as deficiências detectadas pela organização.
"Por unanimidade, o Panamá sai da lista cinza", comemorou o ministro da Economia e Finanças do Panamá, Héctor Alexander, em entrevista coletiva em Paris.
"Esta notícia beneficia o país ao destacar a sua imagem e o compromisso internacional na prevenção da lavagem de dinheiro e contra o financiamento do terrorismo", acrescentou.
O Panamá é um país de 4,2 milhões de habitantes com uma economia dolarizada, baseada em grande parte nas atividades ligadas ao Canal que liga os oceanos Pacífico e Atlântico.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a economia do Panamá crescerá 6% este ano, acima da média de 2,3% esperada na América Latina.
"Para um país tão pequeno como o nosso, precisamos fortalecer e administrar as nossas relações internacionais de forma muito eficiente", destacou Alexander.
O governo do Panamá estabeleceu como objetivo "principal" sair da lista de paraísos fiscais, tarefa que o FMI também destacou como "prioridade" para o país.
O Panamá permanece no registro da UE de "países não cooperantes para efeitos fiscais", uma lista que inclui 16 jurisdições e foi atualizada em meados de outubro.
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