Região de Gaza é bombardeada em resposta ao ataque de 7 de outubroHazem Bader/AFP

As conexões de internet e telefone foram cortadas nesta quarta-feira (1) na Faixa de Gaza, informou a operadora de telecomunicações palestina Paltel. A situação já havia acontecido na última sexta-feira (27).

"Ao nosso bom povo no amado país, lamentamos anunciar que as comunicações e os serviços de internet foram completamente cortadas em Gaza", anunciou a 'Palestine Telecommunications Company' (Paltel) na rede social X.

A organização Netblocks, que monitora a internet ao redor do mundo, confirmou que Gaza "está no meio de um novo apagão de internet com grande impacto para a última grande operadora remanescente, a Paltel". O incidente significa "uma perda total de telecomunicações para a maioria dos residentes", acrescentou.
Um jornalista da AFP em Gaza confirmou a informação e acrescentou que tinha acesso à internet porque está com um 'SIM card' internacional.

"Apenas os números de telefones celulares israelenses ou egípcios podem ser usados em Rafah", constatou outro correspondente da AFP em Gaza.

As redes de internet e telefonia no território palestino devastado pela guerra entre o movimento islamista palestino Hamas e Israel já haviam sido cortadas na semana passada, mas foram restabelecidas durante o fim de semana.

O governo do Hamas acusou Israel de ter provocado o corte para "perpetrar massacres" na Faixa de Gaza. A operadora palestina de telecomunicações Jawwal atribuiu a queda do serviços aos "intensos bombardeios" de Israel contra o território.

Gaza é cenário de bombardeios e combates terrestres entre as tropas israelenses e os milicianos do movimento palestino, que executou um ataque terrorista contra o Estado hebreu em 7 de outubro que deixou mais de 1.400 mortos, segundo as autoridades de Israel.

Em resposta, Israel declarou guerra e iniciou um bombardeio em Gaza. O governo do Hamas na região afirma que mais de 8.500 pessoas, a maioria civis, morreram no território desde então.