EUA e Israel mantêm boas relaçõesBrendan Smialowski/AFP

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse, nesta quinta-feira (2), que vai pedir que Israel tome "medidas concretas" em suas ações militares para minimizar o risco para os civis em Gaza na guerra contra o grupo islamista palestino Hamas, e defendeu que se evite uma escalada bélica na região.
"Vamos falar sobre medidas concretas que podem e devem ser tomadas para minimizar o dano aos homens, mulheres e crianças de Gaza", declarou Blinken a jornalistas na Base Andrews, da Força Aérea americana, antes de embarcar para Israel, no âmbito de uma visita regional para abordar a crise atual no Oriente Médio.
"Isto é algo com que os Estados Unidos estão comprometidos", disse na véspera de se reunir com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu.
Embora tenha ressaltado que os Estados Unidos acreditem que Israel tem "o direito e a obrigação de se defender" após o ataque sangrento lançado pelo Hamas contra seu território, no começo de outubro, deixando cerca de 1.400 mortos, Blinken considerou que devem ser evitadas mais mortes civis em Gaza.
"Quando vejo uma criança palestina - um menino ou uma menina - tirada dos escombros de um prédio em ruínas, isso me atinge no estômago tanto quanto ver uma criança em Israel ou em qualquer outro lugar", disse o chefe da diplomacia americana.
Após ser atacado, Israel tomou duras represálias, bombardeando sem trégua a Faixa de Gaza, onde moram cerca de 2,4 milhões de pessoas. Desde a sexta-feira passada, os bombardeios são reforçados com incursões terrestres.
Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, a ofensiva israelense já deixou mais de 9.000 mortos, entre eles 3.760 crianças.
Blinken assegurou, por outro lado, que os Estados Unidos estão "decididos" a impedir qualquer escalada do conflito entre Israel e Hamas, depois que rebeldes huthis, do Iêmen, e o grupo xiita libanês Hezbollah - ambos apoiados pelo Irã - lançaram ataques contra o território israelense.