Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de IsraelAbir Sultan/ POOL / AFP

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou nesta sexta-feira, 3, qualquer "trégua temporária sem a libertação dos reféns" sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro.
Pouco antes, o secretário dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse ter discutido com Netanyahu a possibilidade de estabelecer "pausas humanitárias" no conflito para proteger os civis e distribuir ajuda. Segundo o Exército israelense, pelo menos 240 reféns estão detidos pelo movimento islamita palestino.
Esta é a terceira visita de Blinken a Israel desde que o grupo extremista palestino Hamas lançou, em 7 de outubro, uma brutal ofensiva contra múltiplos alvos em Israel, dando início à guerra. As tropas israelenses reforçaram nesta sexta o cerco à cidade de Gaza, foco de sua campanha para esmagar militantes do grupo terrorista, que governa o enclave.

Há preocupações de que a guerra possa desencadear combates em outras frentes. Israel e o grupo militante Hezbollah, por exemplo, vêm repetidamente trocando tiros ao longo da fronteira com o Líbano. As tensões se intensificaram antes de um discurso aguardado para hoje pelo líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, no que seria sua primeira manifestação pública desde o ataque do Hamas.

O Hezbollah, um aliado do Hamas que conta com apoio do Irã, atacou nesta quinta-feira, 2, posições militares israelenses no norte de Israel com drones e morteiros. Militares israelenses disseram que retaliaram com aviões de guerra e helicópteros, e seu porta-voz, o contra-almirante Daniel Hagari, relatou que civis ficaram feridos nos ataques do Hezbollah.

"Estamos em um estado de alerta elevado no norte, em estado de alerta muito elevado, para responder a qualquer eventualidade hoje e nos próximos dias", afirmou Hagari. 
*Com informações da AFP e Estadão Conteúdo