Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de IsraelAbir Sultan/ POOL / AFP

Israel aceitou estabelecer "pausas" diárias no norte da Faixa de Gaza a partir desta quinta-feira (9), anunciou a Casa Branca, depois de o presidente americano, Joe Biden, ter afirmado que não havia "nenhuma possibilidade" de cessar-fogo.
De acordo com o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, em declaração nesta quinta-feira na Casa Branca, Israel "começará a fazer pausas de quatro horas todos os dias em áreas do norte da Faixa de Gaza, que serão anunciadas com três horas de antecedência".
"Os israelenses nos disseram que não haveria operações militares nessas áreas enquanto durarem as pausas (e) que essa operação começaria hoje", acrescentou.
Biden estava pressionando o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a fazer pausas humanitárias em seus ataques para permitir a fuga da população civil palestina.
O presidente democrata garantiu ter pedido a Netanyahu "uma pausa de mais de três dias".
Bombardeado sem cessar por Israel, o norte de Gaza é, hoje, palco de combates terrestres.
Biden estimou, porém, que "não há possibilidade" de um cessar-fogo em Gaza, em declarações à imprensa antes de sua partida para Illinois (norte).
Gaza está sitiada desde o ataque sem precedentes lançado pelo Hamas contra Israel em 7 de outubro, o qual deixou mais de 1.400 mortos, a maioria civis, segundo autoridades israelenses.
Os ataques de Israel deixaram mais de 10.000 mortos, principalmente civis, muitos deles crianças, de acordo com a organização palestina.