Caminhões e ambulâncias posicionados na passagem de Rafah Khaled Desouki/AFP

O Hamas confirmou nesta segunda-feira (27) que a trégua com Israel na Faixa de Gaza, que deveria terminar na manhã de terça-feira, será prorrogada até quinta-feira às 07h locais (05h GMT, 02h no horário de Brasília).

O movimento islamista palestino anunciou em nota que "um acordo foi alcançado com os irmãos do Catar e Egito", mediadores nas negociações, para prorrogar "a trégua humanitária em dois dias adicionais, com as mesmas condições que a trégua anterior".
A trégua
A trégua, que entrou em vigor na manhã de sexta-feira (24) em Gaza, terminaria, inicialmente, na terça-feira às 7h00 (2h00 de Brasília). O acordo que permitiu a trégua prevê a entrada de ajuda humanitária em Gaza procedente do Egito, assim como a libertação de 50 reféns e 150 prisioneiros palestinos detidos em Israel.

Uma cláusula do acordo já previa a ampliação do mesmo para a libertação diária de 10 reféns do Hamas em troca de 30 presos palestinos em Israel.

O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou que ainda tem três objetivos nesta guerra: recuperar todos os reféns, extinguir o Hamas e impedir que Gaza seja novamente um ponto de ataque a Israel.
A guerra
Israel iniciou a ofensiva contra o território após o ataque do Hamas em 7 de outubro, de violência e dimensão sem precedentes desde a fundação do país em 1948.

As autoridades israelenses afirmam que 1.200 pessoas morreram no ataque dos combatentes do Hamas e que quase 240 foram sequestradas e levadas para a Faixa de Gaza. Entre os mortos estão mais de 300 militares ou integrantes das forças de segurança israelenses.

No território palestino, alvo de bombardeios incessantes e de uma ofensiva terrestre desde 27 de outubro, a ofensiva israelense deixou 14.854 mortos, incluindo 6.150 menores de idade, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas. Além disso, a Defesa Civil de Gaza calcula que 7.000 pessoas estão desaparecidas.