Líder indígena ambientalista é assassinado na Amazônia peruanaReprodução
Líder indígena ambientalista é assassinado na Amazônia peruana
Vítima era um dos principais defensores ambientalistas da região de San Martín e havia recebido ameaças de morte este ano
Um líder ambientalista indígena que luta contra a depredação na Amazônia foi morto a tiros na floresta do norte do Peru, informou o Governo nesta quinta-feira (30).
"Lamentamos profundamente a morte de Quinto Inuma, chefe da comunidade indígena Kichwa Santa Rosillo de Yanayacu, na região de San Martín, em consequência de um ataque covarde do qual foi vítima", indicou o Ministério da Cultura.
A vítima era um dos principais defensores ambientalistas da região de San Martín e havia recebido ameaças de morte este ano.
O ativista ambiental foi baleado três vezes por desconhecidos na tarde de quarta-feira, quando voltava com a família para sua comunidade, após participar de uma atividade na cidade vizinha de Pucallpa.
A polícia peruana enviou um helicóptero e agentes para iniciar as investigações do caso, segundo as autoridades.
A Associação Interétnica para o Desenvolvimento da Selva Peruana (Aidesep) condenou o assassinato e exigiu a prisão dos responsáveis.
A embaixada dos Estados Unidos no Peru condenou o ato de violência e reiterou seu compromisso com a proteção do meio ambiente e de seus defensores.
A Coordenadoria de Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA), que representa a 511 povos indígenas dos nove países da bacia amazônica, culpou o Estado peruano e exigiu justiça pela morte de Inuma.
O líder indígena ficou conhecido por se opor às ações criminosas de madeireiros ilegais que depredam as florestas e os ecossistemas da Amazônia.
Os crimes contra os defensores ambientais nativos multiplicaram-se nos últimos anos nessa extensa e remota área florestal do Peru, onde a presença do Estado é quase inexistente, e geralmente ficam impunes.
Em abril, um líder indígena conhecido por rejeitar a plantação de coca foi morto a tiros na floresta central do Peru.
Segundo a Coordenadora Nacional de Direitos Humanos, pelo menos 30 assassinatos foram cometidos contra defensores ambientais e lideranças sociais desde o início da pandemia de covid-19.
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