John Kerry junto a Fernando Haddad no COP28 neste sábado, 2Fernando Donasci/MF
O comunicado informa que o plano dos dois governos é trabalhar conjuntamente na implementação do PTE e gerar um fluxo de recursos privados, filantrópicos e governamentais para o plano brasileiro. O texto também informa a disposição de articular iniciativas na área de tecnologia, inclusive em inteligência artificial, para acelerar, por exemplo, a "implementação de sistemas de monitoramento florestal".
Ambos reconhecem que a corporação americana International Development Finance Corporations (DFC) têm objetivos comuns com as prioridades de investimento do Brasil. O comunicado menciona ainda outros esforços bilaterais como, por exemplo, o Climate Change Working Group, relançado por Biden e Lula em fevereiro deste ano.
Mais cedo, durante um painel na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28), o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou que a lei climática americana - chamado Inflation Reduction Act (IRA) - retira a competitividade de empresas de economias emergentes.
Mercadante disse que o IRA é um "Plano Marshall ao contrário". A lei climática americana oferece incentivos fiscais para a produção nos Estados Unidos de painéis solares, veículos elétricos e outros produtos de energia renovável feitos com metais extraídos nos Estados Unidos ou países com acordos de livre comércio com os EUA.
"O que as pessoas estão dizendo é que o IRA está criando um novo marketplace, encorajando empresas em qualquer país a investir", disse o enviado especial do presidente Biden. Kerry argumentou que a lei também encoraja outros países a fazer o mesmo que os EUA fizeram. "Tudo o que fizemos foi dar incentivo fisca para as empresas com agenda verde que decidirem aproveitar", afirmou.
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