Presidente dos Estados Unidos, Joe BidenAFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira (7) ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que é essencial proteger os civis nos intensos combates urbanos nas maiores cidades de Gaza e nos arredores, informou a Casa Branca.
"O presidente enfatizou a necessidade absoluta de proteger os civis e de separar a população civil do Hamas, inclusive por meio de corredores que permitam que as pessoas se desloquem de forma segura em áreas de combate delimitadas", disse a Casa Branca em comunicado.
Em sua primeira conversa telefônica com Netanyahu desde 26 de novembro, Biden insistiu que "deve ser autorizada muito mais ajuda", acrescentou a Casa Branca.
Os Estados Unidos têm apoiado firmemente Israel desde o sangrento ataque do Hamas em 7 de outubro, no qual 1.200 pessoas morreram, segundo autoridades israelenses.
No entanto, o governo Biden está cada vez mais preocupado com as consequências para os civis da resposta israelense na Faixa de Gaza, que está sendo bombardeada e sitiada há várias semanas.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirmou que a ofensiva israelense deixou até agora 17.000 mortos, a grande maioria mulheres, crianças e adolescentes.
De acordo com a Casa Branca, o presidente americano também enfatizou a Israel, que já opera no sul da Faixa de Gaza, que o número de vítimas e deslocamentos não deveria ser tão alto quanto na operação inicial no norte do território palestino.
Nesta quinta-feira, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, também pediu a Israel que faça mais para permitir a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e proteger os civis.
Biden também pediu ao Hamas que permita o acesso do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) aos reféns em poder do movimento islamista palestino.
Segundo a Casa Branca, Biden também conversou paralelamente com o rei Abdullah II da Jordânia, enquanto continuam os esforços para restaurar uma pausa no conflito após a breve trégua interrompida na semana passada.
Os dois líderes concordaram em trabalhar por uma "paz duradoura no Oriente Médio, que incluiria a criação de um Estado palestino", disse a Casa Branca.