A organização terrorista informou, em seus canais no aplicativo Telegram, que dois de seus membros "ativaram seu cinturão de explosivos" no meio de "uma grande multidão de apóstatas, perto do túmulo de seu líder Qassem Soleimani ontem, em Kerman, sul do Irã".
O atentado - duas explosões com intervalo de 15 minutos - ocorreu perto da mesquita Saheb al Zaman, em Kerman (sul), onde está enterrado Soleimani, responsável pelas operações militares iranianas no Oriente Médio. Ele foi assassinado pelos Estados Unidos no Iraque em 3 de janeiro de 2020.
As bombas explodiram enquanto uma multidão fazia uma homenagem pelo quarto aniversário da morte do militar. O ministro iraniano do Interior, Ahmad Vahidi, alertou, no entanto, que o número de vítimas ainda pode aumentar, já que alguns dos feridos se encontram em "estado crítico".
Conselheiro do presidente iraniano Ebrahim Raisi, Mohammad Jamshidi acusou EUA e Israel de arquitetarem as explosões. Em resposta, o governo americano negou qualquer envolvimento de si mesmo ou de israelenses no ataque e ainda afirmou que "parece um ataque terrorista, o tipo de coisa que o Estado Islâmico fez no passado".
Israel, inimigo declarado do Irã, não comentou o ataque. "Estamos concentrados na luta contra o Hamas", declarou o porta-voz do Exército, Daniel Hagari. O governo iraniano não chegou a acusar diretamente nenhuma das duas partes e prometeu uma vingança contra os responsáveis pelo atentado.
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