policial nacional equatoriano fecha uma das entradas das instalações do complexo penitenciário, após a fuga de vários presosAFP
Uma dúzia de organizações semeiam terror no país e impõem seu poder violento a partir das prisões, em represália às políticas linha-dura do governo para enfrentar esses grupos, em um país que até alguns anos atrás era considerado tranquilo.
Em balanços que são divulgados aos poucos, o Snai informou sobre a libertação de 24 guardas penitenciários e 17 funcionários administrativos. Em um balanço na quinta-feira, a contagem era de 178 reféns. Na sexta-feira três deles foram libertados. De acordo com o Snai, 133 vigilantes e três funcionários ainda estão como reféns dentro das prisões.
Também foi relatada a morte de um guarda em confrontos com presos neste sábado em El Oro (sudoeste), na fronteira com o Peru, elevando o número de mortos para 19, entre civis, guardas penitenciários, policiais e presos.
Prisões sem controle
Embora a atividade tenha voltado quase completamente às principais cidades após vários dias de confinamento, o terror ainda paira nas ruas.
Diariamente, circulam vídeos nas redes sociais de assassinatos cruéis de membros das forças de segurança, supostos saques e ataques.
Na terça-feira, a ofensiva do narcotráfico incluiu um ataque à imprensa transmitido ao vivo que causou comoção e repercutiu em todo o mundo.
Centenas de soldados e policiais estão à procura de Fito, enquanto vigora um estado de exceção em todo o país, incluindo as penitenciárias, e um toque de recolher de seis horas, a partir das 23h locais. O Exército da Colômbia suspeita que o narcotraficante tenha cruzado a fronteira para o território colombiano.
O Equador foi durante muitos anos um país livre do narcotráfico, mas tem se transformado em um novo bastião do tráfico de drogas para os Estados Unidos e Europa, com gangues disputando o controle do território e unidas em sua guerra contra o Estado. Nos últimos cinco anos, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes subiu de 6 para 46 em 2023.
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