Kim Jong Un afirmou que buscar a reconciliação ou reunificação com o Sul seria um 'erro'AFP

A Coreia do Norte fechou várias agências que trabalham para promover a cooperação e reunificação com a Coreia do Sul, anunciou a agência oficial de notícias norte-coreana KCNA nesta terça-feira (16, noite de segunda em Brasília).
A decisão foi anunciada pelo Parlamento da Coreia do Norte, de acordo com a KCNA, e ocorre várias semanas depois de o líder do país, Kim Jong Un, afirmar que buscar a reconciliação ou reunificação com o Sul seria um "erro".
As relações entre as duas Coreias se deterioraram no último ano, com a suspensão de um acordo militar assinado em 2018 para conter as tensões na fronteira depois que Pyongyang lançou um satélite espião.
Apontando Seul como seu "principal inimigo", Kim recentemente declarou que tentativas de reconciliação ou reunificação da península são "um erro" que não deve ser cometido novamente.
Em suas constituições, tanto o Norte quanto o Sul reivindicam soberania sobre toda a península.
A República Popular Democrática da Coreia e a República da Coreia (os nomes oficiais do Norte e do Sul) foram fundadas há 75 anos, mas ainda se consideram mutuamente entidades ilegais.
Até agora, as relações entre ambas eram gerenciadas pelo Ministério da Unificação em Seul e pelo Comitê para a Reunificação Pacífica em Pyongyang, uma das agências abolidas pela assembleia norte-coreana.
"Os dois Estados mais hostis, que estão em guerra, estão agora em uma confrontação aguda na península coreana", afirma o texto aprovado pelo Parlamento, segundo a KCNA.
"A reunificação da Coreia nunca pode ser alcançada com a República da Coreia", acrescenta.