Policiais no local após o ataque com faca nos arredores da Basílica Notre-Dame, na cidade francesa de Nice VALERY HACHE / AFP
França irá julgar em 2025 acusado de atentado na basílica de Nice
Brahim Aouissaoui matou três pessoas na Basílica de Notre-Dame em outubro de 2020; entre as vítimas estava uma franco-brasileira
O autor do atentado que, em outubro de 2020, matou três pessoas na basílica de Nice, no sudeste da França, será julgado em fevereiro de 2025, indicou uma fonte próxima ao caso nesta segunda-feira (22). Entre as vítimas estava uma franco-brasileira.
Brahim Aouissaoui comparecerá entre 10 e 28 de fevereiro de 2025 perante um tribunal de Paris por homicídio e tentativa de homicídio terrorista, segundo esta fonte, que confirmou uma informação do jornal Le Figaro.
O tunisiano, de 24 anos, saiu da cidade de Sfax, na região central da Tunísia, na madrugada de 20 de setembro de 2020 a bordo de uma embarcação ao lado de mais dez pessoas, sem avisar sua família.
Após uma escala na ilha italiana de Lampedusa e na Sicília, Aouissaoui, que era vendedor de combustível no mercado ilegal, chegou à estação de trens de Nice na noite de 27 de outubro, dois dias antes de cometer o atentado.
Em 29 de outubro, armado com uma faca, matou Nadine Devillers, uma fiel de 60 anos, a franco-brasileira Simone Barreto Silva, de 44 anos, e o sacristão da basílica Vicent Loquès, de 55 anos.
O agressor levou um tiro durante a sua prisão e foi levado ao hospital. Embora tenha gritado "Allah akbar" (Alá é grande em árabe) antes de ser preso, nenhum grupo jihadista reivindicou o ataque.
O atentado ocorreu menos de duas semanas depois de um professor de História ter sido decapitado em um subúrbio de Paris por ter mostrado caricaturas do profeta Maomé em uma aula sobre liberdade de expressão.
Após duas operações e uma passagem por uma unidade de reanimação, Brahim Aouissaoui alegou ter esquecido o que aconteceu, uma posição que manteve ao longo da investigação.
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