Presidente da Colômbia, Gustavo PetroAFP

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, ofereceu-se nesta quarta-feira (31) para negociar, por meio de uma "comissão de paz", a libertação dos israelenses sequestrados pelo Hamas. Petro atendeu, assim, a um pedido feito pelo premier Benjamin Netanyahu.
"Considero prioritário que se avance rapidamente para o fim das hostilidades e iniciar conversas para obter a libertação de todos os reféns", disse em carta o presidente colombiano, que apoia a causa palestina e acusa Israel de cometer um genocídio na Faixa de Gaza.
"Proponho que avancemos na criação de uma Comissão de Paz composta por diversos países, para garantir essas libertações e alcançar o objetivo maior de acabar com a violência entre Israel e a Palestina", acrescentou Petro, ao responder a uma carta enviada no último dia 11 por Netanyhahu, que lhe pedia que fizesse "todos os esforços" para interceder por mais de uma centena de pessoas em poder do Hamas.
O primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia iniciou sua resposta mencionando o processo de paz do qual foi protagonista, quando ele e outros guerrilheiros do M-19 depuseram as armas em 1990.
"Foi um exemplo bem-sucedido de reconciliação e construção civilizada", disse Petro, acrescentando que "esse mesmo esforço e compromisso" o levou à ONU quando propôs uma conferência de paz sobre a Palestina e outra sobre a invasão russa à Ucrânia.
A Colômbia apoia a ação movida pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ) por suposta violação da Convenção de 1948 contra o Genocídio.