"Temos a boa notícia de que a greve foi suspensa", disse a ministra da Cultura, Leslie Urteaga, à rádio RRP. Um porta-voz dos moradores que bloqueavam o acesso a Machu Picchu, Darwin Baca, confirmou à AFP o acordo com o governo: "Tomamos a decisão de suspender a greve por tempo indeterminado".
"Somos contra a privatização sistemática de Machu Picchu [...]. As organizações pedem que o contrato com a empresa Joinnus seja anulado", disse à AFP o ex-prefeito de Machu Picchu, Darwin Baca.
O Ministério da Cultura peruano deixou a venda online dos ingressos para Machu Picchu e a rede de trilhas incas nas mãos da empresa peruana Joinnus, alegando problemas com sua plataforma virtual. No entanto, comerciantes e operadores turísticos se opõem ao novo sistema, que começou a funcionar no dia 20 de janeiro, pois acreditam ser o primeiro passo para a privatização do lugar.
O Coletivo Popular Machu Picchu denunciou em comunicado que a Joinnus ganhará até 12 milhões de soles (15,6 milhões de reais) por ano em comissões pela venda dos bilhetes. O governo negou a informação e afirmou que era necessário controlar a quantidade de turistas no local.
"Existe o risco de Machu Picchu sair da lista de Patrimônio Mundial da Unesco. O excesso de visitantes pode deteriorar o patrimônio", explicou Ana Peña, chefe de assessores do Ministério da Cultura, em coletiva de imprensa no último sábado, 27.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.