Presidente dos EUA, Joe BidenAFP
Congresso dos EUA votará pacote de ajuda para Israel
Biden se opõe porque quer que o projeto inclua os recursos destinados à Ucrânia
EUA - A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos votará nesta terça-feira (6) um pacote de 17,6 bilhões de dólares (R$ 87 bilhões) para Israel ao qual o presidente Joe Biden se opõe porque quer que o projeto inclua os recursos destinados à Ucrânia.
Os republicanos no Congresso e o líder democrata discordam sobre a ajuda americana a esses dois países.
Os conservadores, influenciados pelo ex-presidente Donald Trump, querem liberar, a qualquer custo, novos recursos para Israel, um aliado histórico dos Estados Unidos em guerra contra o movimento islamista palestino Hamas na Faixa de Gaza.
Muitos deles são contrários à aprovação de fundos adicionais para Kiev, por estimar que os contribuintes americanos não têm a obrigação de financiar uma guerra que estagnou.
Biden está ciente de que muitos deixaram de considerar este conflito urgente. A mobilização que surgiu logo após a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, desapareceu.
O líder democrata pede, desde outubro, que as ajudas para Israel e Ucrânia entrem em um mesmo pacote.
A votação sobre Israel, convocada nesta terça pelos republicanos na Câmara dos Representantes, é uma tentativa de fazê-lo ceder.
"O tempo urge" para a Ucrânia, advertiu Biden em um discurso na Casa Branca nesta terça-feira.
"Não podemos ir embora agora. Essa é a aposta de [Vladimir] Putin", disse. "Apoiar esse projeto de lei é enfrentar Putin. Ser contrário faz o jogo dele."
Para ser aprovado, este projeto de lei deve ser votado pela Câmara e o Senado e depois promulgado pelo presidente.
Os democratas anunciaram que votarão contra o texto e Biden disse que vai vetá-lo.
Os Estados Unidos são, de longe, o principal apoio militar da Ucrânia e liberaram sua última parcela de ajuda militar no fim de dezembro.
Há vários meses, o governo luta para desembolsar novos recursos, reivindicados tanto pelo presidente Joe Biden quanto por seu colega ucraniano Volodimir Zelensky.
As últimas duas visitas de Zelensky a Washington, em setembro e dezembro de 2023, foram infrutíferas.
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