Presidente da Rússia, Vladimir PutinPavel Bednyakov/AFP

A Casa Branca disse, nesta quarta-feira (7), que o presidente russo, Vladimir Putin, não deveria ter outro porta-voz para justificar sua guerra na Ucrânia, depois que o jornalista conservador americano Tucker Carlson viajou para a Rússia para entrevistá-lo.
O ex-apresentador da Fox News, aliado-chave do ex-presidente Donald Trump e forte opositor da ajuda militar americana a Kiev, viajou a Moscou para a primeira entrevista de Putin com um jornalista ocidental desde a invasão russa de fevereiro de 2022.
"Deveria ser muito óbvio para todos o que o senhor Putin fez na Ucrânia, e as razões completamente falsas e ridículas pelas quais ele tentou justificar" a guerra, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, aos jornalistas a bordo do Air Force One, o avião presidencial americano.
"Não acredito que precisemos de outra entrevista com Vladimir Putin para entender sua brutalidade", acrescentou.
Carlson não especificou quando a entrevista será transmitida, mas mencionou que será gratuita. Depois de ser demitido da Fox News no ano passado, ele estreou um programa de entrevistas na plataforma X, de Elon Musk.
O acesso de Carlson a Putin contrasta fortemente com as restrições impostas a outros jornalistas estrangeiros na Rússia, onde atualmente estão presos dois cidadãos americanos: Evan Gershkovich, repórter do Wall Street Journal, e Alsu Kurmasheva, da Radio Free Europe.
A surpreendente entrevista de Carlson ocorre no momento em que a ajuda americana à Ucrânia foi esgotada devido à oposição republicana no Congresso dos EUA.