Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de IsraelReprodução

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu ao Exército que apresente um "plano combinado" de "evacuação" de civis de Rafah e de "destruição" do movimento islamista Hamas nessa cidade do sul da Faixa de Gaza.
"É impossível atingir o objetivo da guerra sem eliminar o Hamas e deixando quatro batalhões do Hamas em Rafah" e, para isso, também é necessário que "os civis deixem as zonas de combate", afirmou o gabinete de Netanyahu, em um comunicado.
Cerca de 1,3 milhão de palestinos estão abrigados em Rafah, na fronteira com o Egito. O número corresponde a mais de metade da população da Faixa de Gaza por isso há temores de que uma ofensiva militar provoque um banho de sangue.
Neste contexto, Netanyahu "ordenou às forças israelenses e aos responsáveis de segurança" que entreguem um "plano combinado (…) para evacuar a população e destruir os batalhões do Hamas", acrescenta o comunicado.
Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, alertaram na quinta-feira que uma operação militar "sem planejamento e sem reflexão" em Rafah poderia causar um "desastre" humanitário.
No início da guerra, há quatro meses, as forças israelenses concentraram suas operações na Cidade de Gaza, no norte da Faixa, e depois avançaram em direção a Khan Yunis, mais a sul.
Mas na quarta-feira, Netanyahu ordenou a preparação de uma ofensiva em Rafah, cuja maioria da população é de deslocados que fugiram de outras regiões da Faixa devido às operações israelenses contra o Hamas, que governa Gaza desde 2007.
A guerra eclodiu em 7 de outubro, quando militantes islamistas mataram mais de 1.160 pessoas, a maioria civis, e sequestraram cerca de 250 em um ataque no sul de Israel, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.
Nos bombardeios israelenses e nas operações de retaliação em Gaza, morreram 27.940 pessoas, a maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Hamas, organização classificada como terrorista pela União Europeia e pelos Estados Unidos.