Ativista ambiental Greta ThunbergAFP
Greta Thunberg participará de protesto na França contra construção de rodovia
Ativistas se opõem à controversa A69 entre as cidades de Toulouse e Castres
A ativista ambiental Greta Thunberg participará no sábado (10) de um protesto contra a construção de uma rodovia no sudoeste da França, informaram os organizadores, apesar da manifestação ter sido proibida.
"Temos o prazer de anunciar que uma delegação nacional e internacional de ativistas pelo clima estará presente [...] neste fim de semana. Confirmamos que Greta Thunberg nos acompanhará", indicou o coletivo No Macadam.
Os ativistas se opõem à controversa construção em andamento da rodovia A69 entre as cidades de Toulouse e Castres.
"Isto permite levar a luta contra a A69 ao âmbito internacional e nacional, e os responsáveis políticos terão que medir sua determinação", acrescentou o coletivo.
Os opositores da A69 organizarão no sábado e domingo dias de conscientização ambiental, que acontecerão em uma área florestal privada, objeto de litígio relativo à sua desapropriação devido à construção da rodovia.
Nesta sexta-feira (9), o prefeito do departamento de Tarn proibiu a manifestação deste fim de semana, alegando "risco de distúrbios públicos significativos".
Pouco depois, enquanto os ativistas se preparavam para os dias de protesto, cem policiais foram destacados perto da área. Os jornalistas da AFP testemunharam duas detenções e o lançamento de gás lacrimogêneo.
A operação "permitiu desmantelar as barricadas instaladas, apreender os vários materiais destinados à construção de cabanas e restaurar a ordem", indicaram as autoridades.
O projeto da rodovia A69, que visa favorecer a conexão de uma área rural, divide a classe política e enfrenta a firme oposição dos ecologistas, que se manifestaram no local várias vezes nos últimos meses.
"Estimada Greta Thunberg [...] a rodovia A69 atende a uma necessidade vital para o Tarn e seus habitantes", declarou nesta sexta-feira em comunicado Christophe Ramond, presidente do conselho departamental de Tarn, acrescentando que seu departamento "não precisa de lições em desenvolvimento sustentável".
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