Presidente dos Estados Unidos, Joe BidenAFP
EUA restringe vistos a executivos de voos charter por facilitarem 'migração irregular'
Objetivo é acabar com 'as práticas predatórias das empresas de transporte que lucram com os migrantes vulneráveis', diz o porta-voz
Os Estados Unidos proibiram a entrada de executivos de companhias de voos charter "por facilitarem a migração irregular" para o seu território, informou o Departamento de Estado nesta segunda-feira (11).
Em novembro, o governo do presidente democrata Joe Biden já havia restringido vistos a empresas que operam voos charter para a Nicarágua com migrantes em situação irregular. Em fevereiro, estendeu esta política aos transportes restantes: terrestres e marítimos.
As restrições desta segunda-feira são as primeiras desde o anúncio de fevereiro, informou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em comunicado, sem detalhar quantas ou os nomes das companhias aéreas.
"Essas medidas são tomadas em resposta à tendência crescente das companhias aéreas charter de oferecer voos para a Nicarágua destinados principalmente a migrantes irregulares", afirma.
O objetivo é acabar com "as práticas predatórias das empresas de transporte que lucram com os migrantes vulneráveis" porque "ninguém deve se beneficiar" destas pessoas, "sejam contrabandistas, empresas privadas, funcionários públicos ou governos", acrescenta o porta-voz.
O fluxo de migrantes é uma das questões que preocupam os eleitores americanos e uma dor de cabeça para o presidente Joe Biden, candidato à reeleição e acusado pelos republicanos de não fazer o suficiente para impedi-lo.
O seu antecessor e provável adversário nas eleições presidenciais de novembro, Donald Trump, ataca duramente os migrantes durante os seus comícios, acusando-os de envenenar "o sangue do país".
Em janeiro, as autoridades americanas interceptaram migrantes e solicitantes de asilo mais de 176 mil vezes na fronteira com o México.
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