Casa Branca condenou os ataques Karen Bleier/AFP
"Condenamos os brutais bombardeios lançados durante a madrugada contra cidades e infraestruturas civis na Ucrânia", disse em um comunicado Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.
"Foram mais de 60 Shahed e quase 90 mísseis de diversos tipos durante a noite", afirmou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Os ataques foram direcionados contra "centrais de energia elétrica, linhas de alta tensão, uma represa hidrelétrica, residências e até um ônibus", segundo Zelensky.
O ministro da Energia, German Galushchenko, afirmou que o bombardeio noturno foi "o maior ataque contra a indústria energética ucraniana dos últimos tempos".
"Dezenas de instalações elétricas foram danificadas. Cortes urgentes em sete regiões. O sistema elétrico recebe ajuda de emergência de três países", afirmou a operadora ucraniano Ukrenergo.
A situação "mais difícil" afeta as regiões de Kharkiv, no leste, Odessa, no sul, Kirovograd, no centro, e Dnipropetrosvk no centro-leste.
Linha cortada na central de Zaporizhzhia
Uma das linhas de energia elétrica que abastecem a central nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, ocupada por Moscou, foi cortada por um bombardeio, anunciou Galushchenko.
"Esta situação é extremamente perigosa e ameaça provocar uma situação de emergência, pois se acontecer uma ausência de conexão desta última linha de comunicação com a rede elétrica nacional, a central nuclear de Zaporizhzhia ficará à beira de um novo 'apagão'", alertou a operadora ucraniana Energoatom.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que a linha de emergência ligada à sede continua funcionando.
Zelensky voltou a criticar o atraso na entrega da ajuda militar dos aliados ocidentais. Ele insiste na urgência de receber mais recursos de defesa antiaérea.
Nos Estados Unidos, um pacote de 60 bilhões de dólares está bloqueado há vários meses devido às disputas políticas entre republicanos e democratas.
"Os mísseis russos não atrasam, ao contrário dos pacotes de ajuda ao nosso país. Os Shahed não são indecisos, ao contrário de alguns políticos", afirmou Zelensky de maneira irônica.
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