Ex-presidente dos EUA e atual candidato, Donald Trump enfrenta problemas judiciaisAFP
O juiz Juan Merchan proibiu a Trump atacar publicamente testemunhas em potencial, promotores, funcionários da corte, seus familiares e os jurados.
A ordem chega depois de Trump agredir o juiz e sua filha em uma série de publicações em sua rede social, Truth Social.
Ali, ele descreveu Merchan como "um verdadeiro e certificado 'hater' de Trump, que sofre de um caso severo de Síndrome de Loucura de Trump".
"Em outras palavras, ele me odeia", disse o ex-presidente. "O juiz Merchan deveria se recusar, não pode me oferecer um julgamento justo".
O republicano também disse que a filha de Merchan é "uma alta executiva em uma empresa Democrata Super Liberal".
Merchan é o terceiro juiz a cargo de um caso contra Trump a lhe impor uma ordem de silêncio.
O juiz Arthur Engoron, que liderou um processo por fraude em Nova York, que rendeu ao empresário uma multa milionária, já havia emitido uma ordem parcial de silêncio contra ele.
Também fez o mesmo a juíza distrital Tanya Chutkan, em Washington, encarregada de um caso federal no qual Trump é acusado de tentar reverter os resultados da eleição de 2020.
Comentários 'ameaçadores, incendiários'
"O antecedente irrefutável que as declarações extrajudiciais prévias do acusado refletem estabelecem um risco suficiente para a administração da justiça", afirmou.
Segundo Merchan, "não há meios menos restritivos para evitar este risco" do que lhe impor uma ordem de silêncio.
O juiz anunciou esta decisão um dia depois de marcar para 15 de abril o início do primeiro julgamento penal que um ex-presidente vai enfrentar nos Estados Unidos.
Trump é acusado de falsificar registros comerciais para acobertar pagamentos que seu advogado, Michael Cohen, fez à ex-atriz pornô Stormy Daniels na véspera das eleições de 2016, para se assegurar de que um encontro sexual entre os dois não viesse à tona.
O ex-presidente também responde a dezenas de ações vinculadas a uma suposta conspiração para reverter os resultados das eleições presidenciais de 2020, que perdeu para Joe Biden, e também foi acusado de reter ilegalmente documentos sigilosos após deixar a Casa Branca.
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