Escombros de um prédio anexo à embaixada iraniana, na Síria AFP
"Dia após dia, somos testemunhas do fortalecimento da frente de resistência e do desgosto e o ódio das nações livres contra a natureza ilegítima de Israel", declarou Raisi.
Segundo Raisi, Israel "incluiu os assassinatos indiscriminados na agenda", depois de ter sofrido "derrotas reiteradas e fracassos contra a fé e a vontade da Frente de Resistência, mas deve saber que nunca alcançará seus objetivos sinistros com meios tão desumanos".
O bombardeio, atribuído a Israel, contra a seção consular da embaixada iraniana em Damasco deixou 13 mortos, incluindo sete integrantes da Guarda Revolucionária iraniana.
O ataque incluiu "seis mísseis disparados por caças F-35", segundo Teerã, os primeiros direcionados contra um edifício diplomático iraniano na Síria, um país em guerra civil desde 2011 e onde o Irã e seus aliados apoiam o governo do presidente Bashar al Assad.
O Irã também enviou uma "mensagem importante aos Estados Unidos", na qual destacou que Washington "deve ser considerado responsável" pelo ataque devido a seu apoio a Israel.
A mensagem, que não teve o conteúdo revelado, foi transmitida a "um funcionário da embaixada da Suíça", que representa os interesses americanos no Irã, informou o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir Abdollahian.
Debate na ONU
O Conselho de Segurança da ONU programou para esta terça-feira uma sessão pública sobre o ataque, solicitada pelo representante russo no organismo, Dmitri Polianski. O Irã pediu ao Conselho de Segurança para "condenar este ataque terrorista perpetrado pelo regime israelenses nos termos mais fortes possíveis".
Teerã, que apoia o governo do presidente Bashar al Assad, prometeu responder ao ataque.
O Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã se reuniu na noite de segunda-feira, na presença de Raisi, e tomou as "decisões necessárias", informou o governo em um comunicado, sem revelar mais detalhes.
O governo da China condenou nesta terça-feira o bombardeio. "Não se pode violar a segurança das instituições diplomáticas e é necessário respeitar a soberania, independência e integridade territorial da Síria", afirmou o porta-voz da
A União Europeia (UE) pediu moderação. "Estamos alarmados com o suposto ataque israelense contra um edifício diplomático iraniano na capital síria (...) É importante mostrar moderação", disse um porta-voz da Comissão Europeia, o braço Executivo do bloco europeu.
O Iraque destacou que o ataque na Síria pode provocar "mais caos e instabilidade" ao Oriente Médio, em um contexto de temor de que a guerra entre Israel e o movimento palestino Hamas na Faixa de Gaza se transforme em um conflito regional.
O Irã declarou repetidamente seu apoio ao Hamas e acusa Israel de provocar um "genocídio", mas negou qualquer intervenção direta no conflito.
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