Tanques entraram em Gaza ainda no mês de outubroAFP
O governo israelense do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu respondeu ao pior ataque na história do país com uma campanha militar devastadora na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, que matou mais de 33.000 pessoas, a maioria mulheres, adolescentes e crianças, segundo o Ministério da Saúde do território.
A AFP revisa 10 momentos cruciais dos seis meses de guerra, que reduziram grande parte de Gaza a escombros e deixaram o norte do território à beira da fome, segundo a ONU.
7 de outubro: Hamas ataca
Eles assassinam centenas de pessoas nas ruas, em suas casas e em um festival de música no meio do deserto. Também atacam bases militares e matam mais de 300 soldados.
Os milicianos sequestram mais de 250 pessoas, que foram levadas para Gaza, onde algumas faleceram durante o conflito.
O governo israelense promete destruir o Hamas e começa a bombardear Gaza.
13 de outubro: fuga
Centenas de milhares de palestinos fogem para o sul da Faixa, enquanto distritos inteiros no norte são destruídos.
27 de outubro: tanques entram em Gaza
15 de novembro: ataque a um hospital
A operação israelense gera uma onda de condenação internacional. Israel afirma que o Hamas mantém um centro de comando no subsolo do hospital, o que o grupo armado nega.
Em março de 2024, as tropas israelenses voltam a invadir o hospital, em uma operação de duas semanas que deixa centenas de mortos e o complexo em ruínas.
24 de novembro: trégua e troca de reféns e presos
O Hamas liberta 80 reféns israelenses durante sete dias em troca de 240 palestinos detidos em penitenciárias israelenses. Outros 25 reféns, a maioria trabalhadores agrícolas tailandeses, são libertados à margem do acordo.
Israel permite a entrada de mais ajuda em Gaza durante o período, mas a situação humanitária continua precária. Quando a guerra é retomada, Israel expande as operações para a parte sul de Gaza.
12 de janeiro: ataques contra os huthis
26 de janeiro: apelo para evitar um "genocídio"
O tribunal exige que Israel faça todo o possível para evitar qualquer ato de genocídio em Gaza, mas não chega a pedir o fim dos combates.
29 de fevereiro: tumulto fatal durante distribuição de alimentos
O Ministério da Saúde de Gaza afirma que 115 pessoas foram mortas a tiros e centenas ficaram feridas no que descreve como um "massacre".
O Exército israelense responde que a maioria das vítimas morreu pisoteada ou atropelada pelos caminhões. Estados Unidos, Jordânia e outros países começam a lançar ajuda humanitária com aviões em Gaza.
Em 15 de março chega o primeiro carregamento de mantimentos transportado por um corredor marítimo entre Chipre e Gaza.
25 de março: abstenção dos EUA na ONU
Israel reage com irritação à decisão dos Estados Unidos, seu principal aliado, e reitera a intenção de expandir a ofensiva terrestre até à cidade de Rafah, no extremo sul de Gaza, onde 1,5 milhão de palestinos estão refugiados.
2 de abril: voluntários assassinados
As vítimas têm nacionalidade australiana, britânica, palestina, polonesa e americano-canadense.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirma estar "de coração partido" e acusa Israel de "não ter feito o suficiente para proteger os trabalhadores humanitários" em Gaza.
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