A equipe responsável pelos drones que bombardearam os veículos cometeu "um erro operacional na avaliação da situação", depois de ter visto um suposto "homem armado do Hamas" disparar de cima de um dos caminhões do comboio da ONG), segundo uma uma investigação interna do Exército.
"Infelizmente, ocorreu ontem um incidente trágico, nossas forças atingiram de forma não intencional pessoas inocentes na Faixa de Gaza", declarou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no dia seguinte a tragédia.
"São coisas que acontecem em uma guerra. Estamos em contato com os governos e faremos todo o possível para que isso não aconteça novamente", acrescentou, referindo-se ao bombardeio em Deir al Balah, no centro de Gaza.
As sete vítimas do bombardeio foram o palestino Saifeddine Issam Ayad Abutaha, de 25 anos; a australiana Lalzawmi (Zomi) Frankcom, 43; o polonês Damian Sobol, 35; o americano-canadense Jacob Flickinger, 33; e os britânicos John Chapman, 57, James (Jim) Henderson, 33, e James Kirby, 47.
A morte dos trabalhadores provocou duras reações internacionais, além de pedidos de investigação e garantias de que os responsáveis serão obrigados a prestar contas. O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse à Assembleia Geral que 196 trabalhadores humanitários morreram na guerra em Gaza.
Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, exigiram uma investigação "rápida e imparcial" sobre o ocorrido, disse o secretário de Estado, Antony Blinken. A Casa Branca afirmou estar "indignada" e indicou que transmitirá "uma mensagem clara a Israel de que os voluntários devem ser protegidos".
O governo britânico convocou o embaixador israelense para expressar sua "condenação inequívoca" pelo ocorrido. Na Polônia, o vice-ministro das Relações Exteriores, Andrzej Szejna, disse que Israel deveria "indenizar" as famílias das vítimas.
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