Polícia equatoriana invade embaixada para prender o ex-vice-presidente do EquadorAFP
México apresenta denúncia contra Equador perante a CIJ por ataque à embaixada
Andrés Manuel López Obrador condenou a agressão da polícia equatoriana, que arrastou o ex-vice-presidente Jorge Glas, asilado na sede diplomática
O México apresentou nesta quinta-feira, 11, uma denúncia contra o Equador perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ) em Haia pelo ataque à embaixada mexicana em Quito na última sexta-feira, 5, informou sua Chancelaria.
O México está solicitando "a suspensão do Equador como membro das Nações Unidas até que ele emita um pedido público de desculpas reconhecendo as violações dos princípios e normas fundamentais do direito internacional, com o objetivo de garantir a reparação do dano moral infligido ao Estado mexicano e aos seus cidadãos", disse a ministra das Relações Exteriores, Alicia Bárcena, em uma coletiva de imprensa.
As forças policiais invadiram a embaixada na noite da última sexta-feira para capturar o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, acusado de corrupção e que horas antes havia recebido asilo político do México. Como resultado, o governo mexicano rompeu relações com o Equador e anunciou o processo em Haia.
"Hoje com muito orgulho, apresentamos uma denúncia perante a Corte Internacional de Justiça. O termo é 'pedido para iniciar um processo' (...). Não há dúvida de que o Equador violou a Convenção de Viena sobre relações diplomáticas ao violar a imunidade da embaixada", disse Alejandro Celorio, consultor jurídico do Ministério das Relações Exteriores, ao lado de Bárcena.
O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, disse na mesma coletiva que o que se busca é "que isso não se repita em nenhum país do mundo, que o direito internacional seja garantido, que as instalações, as embaixadas dos países de qualquer nação não sejam violadas".
A ação judicial foi apresentada um dia depois que a Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou "veementemente" a invasão.
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