Guerra eclodiu em 7 de outubro, quando comandos do Hamas invadiram o sul de IsraelArquivo/AFP

Mais de 250 organizações humanitárias e de defesa dos direitos humanos pediram, em uma carta aberta, a suspensão "imediata" de todas as entregas de armas a Israel e grupos armados palestinos, anunciaram as ONGs nesta quinta-feira (11).
"Pedimos um cessar-fogo imediato e instamos todos os Estados a suspender as entregas de armas que podem ser usadas para cometer violações do direito humanitário internacional e dos direitos humanos", escreveram.
"O Conselho de Segurança das Nações Unidas deve assumir sua responsabilidade de manter a paz mundial e a segurança, adotando medidas para deter a entrega de armas ao governo de Israel e aos grupos armados palestinos", concluiu o documento.
A carta aberta foi lançada em janeiro de 2024 por 16 organizações e já conta com mais de 250 assinaturas, entre elas as da Anistia Internacional, Save the Children, Oxfam, Médicos do Mundo, Cáritas Internacional e várias ONGs religiosas e feministas.
"O bombardeio e o cerco por parte de Israel privam a população civil de elementos essenciais para sua sobrevivência e tornam Gaza inabitável", escrevem as organizações, denunciando "uma crise humanitária de gravidade e escala sem precedentes".
"O sequestro de reféns e os ataques às cegas" de grupos palestinos armados "constituem violações do direito humanitário internacional e devem parar imediatamente", ressalta a carta.
O Conselho de Segurança da ONU tomou nota, nesta quinta-feira, da promessa de Israel de abrir novos pontos de acesso para a ajuda humanitária destinada a Gaza, mas pediu "mais" ação frente à ameaça de "fome iminente".
A guerra eclodiu em 7 de outubro, quando comandos do Hamas invadiram o sul de Israel e mataram 1.170 pessoas, a maioria civis, segundo contagem da AFP com base em dados oficiais.
Em represália, Israel prometeu aniquilar o Hamas, o qual considera uma organização terrorista, assim como os Estados Unidos e a União Europeia.
O exército israelense lançou uma ofensiva que deixou até agora 33.545 mortos em Gaza, majoritariamente civis, segundo o Ministério da Saúde do território, controlado pelo Hamas.