Haiti sofre com onda de violência entre ganguesAFP
Cuba inicia retirada de 254 cidadãos bloqueados no Haiti
Violência pegou de surpresa cidadãos do país que costumam viajar para comprar utensílios domésticos, roupas ou calçados para revenda
O governo cubano iniciou nesta sexta-feira(19) a retirada de seus 254 cidadãos bloqueados há quase dois meses no Haiti, mergulhado na violência.
"Hoje, começou a 1ª fase da operação de retorno dos cidadãos bloqueados no Haiti, que viajam em uma caravana de ônibus de Porto Príncipe à cidade de Cabo Haitiano, no norte do país", informou a chancelaria cubana na rede social X.
O órgão destacou que "no aeroporto de Cabo Haitiano será implementada a 2ª fase desta operação com o transporte para Cuba através da companhia aérea (haitiana) Sunrise".
A violência desencadeada por gangues criminosas em Porto Príncipe desde fevereiro pegou de surpresa cubanos que costumam viajar para comprar utensílios domésticos, roupas ou calçados, para revendê-los em seu país.
Desde então, o aeroporto de Porto Príncipe foi fechado e o país mergulhou na violência. No final de março, França, Estados Unidos, Nações Unidas, União Europeia e outros países também retiraram alguns dos seus cidadãos.
Segundo fontes da chancelaria, os cubanos são transferidos em oito ônibus para Cabo Haitiano, a segunda principal cidade do Haiti, em uma complexa viagem terrestre de cerca de 200 quilômetros.
De lá, seguirão para Cuba em seis voos, o primeiro, com 49 pessoas, está previsto chegar nesta sexta-feira ao aeroporto de Camagüey, a mais de 500 quilômetros de Havana. Em seguida, serão transferidos para suas cidades de residência.
A delicada operação do governo cubano prevê que mais quatro voos cheguem a Camagüey no fim de semana, enquanto um sexto chegará no domingo a Santiago de Cuba, a 900 km da capital.
Dada a escassez em Cuba, estes viajantes, que se autodenominam "turistas de compras", são os principais clientes do mercado Hippolyte, localizado no coração de Porto Príncipe.
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