País está em guerra com a Rússia desde fevereiro de 2022Reprodução
Casal ucraniano é condenado a 15 anos de prisão por ajudar a Rússia
Milhares de processos por suspeita de crimes similares foram abertos no país
Os serviços de segurança ucranianos disseram nesta quinta-feira (25) que um casal foi condenado a 15 anos de prisão por passar informações à Rússia que permitiram o ataque a um hospital.
Os promotores abriram milhares de processos por suspeita de colaboração com as forças russas desde o início da invasão, em fevereiro de 2022.
O casal condenado é acusado de fornecer informações sobre posições do Exército ucraniano e a localização de locais onde soldados feridos estão sendo tratados, de acordo com uma declaração dos serviços de segurança ucranianos (SBU).
Como resultado, "os ocupantes bombardearam um hospital" na cidade de Kherson, no sul do país, de acordo com o SBU.
O homem e sua esposa foram supostamente recrutados pelos serviços de segurança russos (FSB) depois de responderem a um anúncio no aplicativo Telegram oferecendo dinheiro em troca de informações sobre o Exército ucraniano.
O serviço de inteligência ucraniano também anunciou nesta quinta-feira a prisão de um veterano do Exército acusado de colaborar com os serviços de segurança russos (FSB) para facilitar os bombardeios na região fronteiriça de Kharkiv, um dos principais alvos dos bombardeios liderados por Moscou.
"O SBU prendeu uma 'toupeira' do FSB que estava corrigindo as coordenadas dos ataques com mísseis na região de Kharkiv", disse o serviço em um comunicado, especificando que o homem era um reservista e ex-combatente das forças armadas ucranianas.
De acordo com a mesma fonte, o indivíduo foi preso quando tentava chegar a uma área controlada pela Rússia no distrito de Kupiansk, uma parte da região de Kharkiv, que está sendo alvo de fortes combates.
O SBU indica que o suspeito, que pode pegar até oito anos de prisão, estava enviando para seus contatos russos a geolocalização da "infraestrutura civil em uma das cidades na linha de frente".
Seus pais, que moram na área ocupada pelo Exército russo, supostamente o incentivaram a trabalhar para o FSB.
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