Polícia deteve cerca de 100 pessoas durante o protesto Joseph Prezioso / AFP
Iniciadas na semana passada na Universidade de Columbia, em Nova York, estes novos protestos em apoio aos palestinos e contra a guerra que Israel executa na Faixa de Gaza foram realizados em vários campi americanos, da Califórnia (oeste) à Nova Inglaterra (nordeste), passando pelo sul do país.
"Os estudantes que apresentaram o documento de identificação da Universidade Northeastern foram liberados (...) Aqueles que se negaram a comprovar o vínculo foram detidos", acrescentou o estabelecimento.
— Northeastern U. (@Northeastern) April 27, 2024Mais tarde, a universidade informou que a área do campus onde os protestos foram realizados "estava completamente segura" às 11h30 locais (12h30 de Brasília), "e todas as operações do campus voltou à normalidade".
Na Universidade do Estado do Arizona (ASU), no sul, forças de ordem "detiveram 69 pessoas depois da instalação de um acampamento não autorizado", informou o centro de ensino em uma nota, na qual indicou que a "maioria não era estudante ou membro do pessoal da ASU".
Estas pessoas serão "acusadas de intrusão ilegal", acrescentou.
No centro do país, a polícia anunciou a detenção de 23 pessoas na Universidade de Indiana durante a retirada de um acampamento de manifestantes. Nos últimos dias, a polícia realizou detenções em massa nas universidades, fazendo uso de gás lacrimogêneo e pistolas 'taser' para dispersar os manifestantes.
'Infiltrado'
A reitoria da Universidade Columbia, epicentro do movimento, anunciou que desistiu de recorrer à Polícia de Nova York (NYPD) para esvaziar o acampamento instalado em seu campus para "não inflamar ainda mais a situação".
No entanto, afirmou que um dos líderes do movimento, Khymani James, foi proibido de entrar na área da universidade.
Em um vídeo divulgado em janeiro, James disse que "os sionistas não merecem viver". O jovem se desculpou em seguida.
Outros campi
Na Universidade da Pensilvânia, seu presidente ordenou dissolver um acampamento após afirmar que havia "informações confiáveis de conduta de assédio e intimidação".
O Canadá viveu, neste sábado, o primeiro protesto pró-palestinos na Universidade de MacGill de Montreal, onde manifestantes instalaram um acampamento. O centro de ensino informou que os acampamentos não eram permitidos, pois "aumentam o potencial de uma escalada e confronto".
Em 7 de outubro passado, militantes palestinos atacaram Israel, matando 1.170 pessoas, segundo um balanço da AFP com base em números oficiais israelenses. Também fizeram reféns cerca de 250 pessoas. Israel estima que 129 permaneçam em Gaza, incluindo 34 que teriam morrido.
Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza, que já deixou ao menos 34.356 mortos, em sua maioria mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde do território palestino.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.