Mais de 200 pessoas morreram no Quênia desde meados de março pelas enchentes, anunciou nesta sexta-feira (3) o Ministério do Interior deste país africano, que aguarda agora a chegada de um ciclone.
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O Quênia e outros países do leste da África têm registrado chuvas sazonais mais intensas do que o normal há várias semanas devido aos efeitos do fenômeno El Niño, geralmente associado a temperaturas globais mais altas, causando secas em algumas regiões e inundações em outras.
As águas causaram enchentes e deslizamentos de terra, destruíram colheitas e casas e deslocaram centenas de milhares de pessoas.
Pelo menos 210 pessoas morreram no Quênia "devido às condições meteorológicas severas", afirmou o Ministério do Interior em um comunicado. Um relatório anterior divulgado na quinta-feira informava 188 óbitos.
As autoridades também indicaram que há 165 mil pessoas deslocadas e 90 pessoas dadas como desaparecidas. Agora tanto Quênia como a vizinha Tanzânia preparam-se para a chegada de um ciclone, que provocará novas chuvas.
"O ciclone Hidaya continua ganhando força, com ventos que chegam aos 130 km/h", indicaram as autoridades tanzanianas.
O Ministério do Interior queniano alertou que o ciclone poderá causar ventos violentos, ondas poderosas e chuvas fortes a partir de domingo.
Quênia, Somália e Etiópia já sofreram chuvas torrenciais no final de 2023, com mais de 300 mortes em uma região que viveu a sua pior seca em 40 anos.
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