Rafah é alvo de operação militar de IsraelAFP
Operação militar israelense em Rafah provocou retrocesso das negociações de trégua, afirma Catar
Exército israelense intensificou nesta terça-feira os bombardeios na Faixa de Gaza
A atual operação militar israelense em Rafah provocou um "retrocesso" nas conversações com o Hamas, lamentou nesta terça-feira o primeiro-ministro do Catar, país que atua como mediador nas negociações de trégua na Faixa de Gaza, que destacou que o processo está praticamente "estagnado".
"Nas últimas semanas, em particular, houve um certo impulso, mas infelizmente as coisas não avançaram na direção correta e agora estamos em uma situação de quase estagnação", disse o primeiro-ministro Mohamed ben Abdelrahman Al Thani no Fórum Econômico do Catar.
"Obviamente, o que aconteceu em Rafah provocou um retrocesso", disse.
O Catar abriga o escritório político do Hamas em sua capital, Doha, desde 2012 e, ao lado do Egito e dos Estados Unidos, atua como mediador entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza.
O Exército israelense intensificou nesta terça-feira os bombardeios na Faixa de Gaza, devastada por mais de sete meses de guerra, que obrigou centenas de milhares de palestinos a buscar refúgio em Rafah, uma cidade no extremo sul do território e que faz fronteira com o Egito.
Rafah chegou a receber 1,4 milhão de palestinos, mas parte desta população foi obrigada a fugir de novo após as ordens de evacuação anunciadas na semana passada pelo Exército israelense em vários bairros.
"Não há clareza sobre como parar a guerra do lado israelense. Não acredito que estejam considerando isto como uma opção (...) mesmo quando falamos de um acordo que pode levar a um possível cessar-fogo", declarou o primeiro-ministro do Catar.
Os políticos israelenses indicam "pelas suas declarações que permanecerão lá (em Gaza), que prosseguirão com a guerra. E não está claro o que será de Gaza depois disto", acrescentou.
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