Diversas casas foram tomadas pela água e objetos destruídos após enchentes na Indonésia Ade Yuandha / AFP
Horas de intensas chuvas provocaram cheias e a queda de cinzas, areia e pedras do monte Marapi, um dos vulcões mais ativos da Indonésia, localizado na ilha de Sumatra.
Vinte e duas pessoas continuam desaparecidas, acrescentou. O balanço anterior registrava 50 mortos e 27 desaparecidos.
"Os números continuarão aumentando. Equipamentos devem chegar o mais rápido possível para encontrar quem está desaparecido", afirmou no comunicado outro diretor da agência, Suharyanto.
Esse funcionário, que como muitos indonésios não têm sobrenome, disse que há uma janela de seis dias para encontrar sobreviventes.
As equipes de emergência estão transportando ajuda à região por ar e terra, em alguns casos recorrendo à construção de pontes de emergência, porque algumas estradas ficaram bloqueadas, disse Suharyanto.
O porta-voz da agência, Abdul Muhari, disse na segunda-feira que 71 casas foram completamente destruídas e 125 foram severamente danificadas pelas enchentes e pelo fluxo de lava fria.
A lava fria, também conhecida como lahar, é composta de material vulcânico como cinzas, areia e seixos arrastados pela chuva. As enchentes afetaram quatro distritos no oeste de Sumatra, de acordo com as autoridades.
Os moradores da região afirmaram que ouviram um estrondo quando enormes pedras vulcânicas se desprenderam do Monte Marapi e relataram o terror que sentiram quando as chuvas inundaram seus bairros.
O Marapi é um dos vulcões mais ativos da Indonésia. Sua última erupção ocorreu em dezembro, lançando uma nuvem de cinzas a 3.000 metros de altura. Pelo menos 24 alpinistas, a maioria deles estudantes universitários, morreram no incidente. Deslizamentos de terra e inundações são frequentes na Indonésia durante a estação chuvosa.
Em 2022, quase 24.000 pessoas abandonaram a região e duas crianças morreram em enchentes na ilha de Sumatra, um fenômeno agravado, de acordo com ambientalistas, pelo desmatamento.
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