Papa Francisco e o Arcebispo de Quebec, Cardeal Gerald Cyprien LacroixAFP

O Vaticano anunciou nesta terça-feira, 21, a decisão de inocentar o cardeal canadense Gérald Cyprien Lacroix de suspeitas de agressão sexual em seu país, com base em um relatório solicitado pelo papa Francisco a um ex-juiz de Quebec.
"O relatório não identifica nenhum ato de má conduta ou abuso por parte do cardeal Gérald Cyprien Lacroix", indicou o Vaticano em um comunicado.
"Em consequência, não se prevê nenhum outro procedimento canônico" contra esse assessor próximo do papa Francisco, acrescenta a nota.
Gérald Cyprien Lacroix, de 66 anos, é suspeito de "toques" em uma menor no âmbito de um processo coletivo contra mais de cem membros da diocese de Quebec.
Segundo o documento judicial consultado pela AFP, Lacroix, arcebispo de Quebec desde 2011 e cardeal desde 2014, teria "tocado" em uma menor no momento dos supostos crimes, entre 1987 e 1988.
Foi o próprio papa Francisco que pediu ao juiz André Denis para "realizar uma investigação sobre os fatos, as circunstâncias e a imputabilidade do suposto crime" em uma carta dirigida ao magistrado em francês com data de 8 de fevereiro.