Nova Délhi registrou 52,3ºC nesta quarta-feira (29)Arun Sankar / AFP
O Departamento Meteorológico da Índia (DMI), que relatou "condições severas de calor", informou que a temperatura foi registrada durante a tarde em uma estação automática no subúrbio de Mungeshpur. Soma Sen Roy, meteorologista do DMI, afirmou que os funcionários da agência estavam "verificando" se a estação registrou a temperatura correta.
A temperatura supera em mais de um grau o recorde nacional anterior, de 51ºC, registrado no deserto do Rajastão em 2016. Esta é também a primeira vez o termômetro supera a barreira 50ºC na capital. O DMI emitiu um alerta vermelho de saúde para a cidade, que tem mais de 30 milhões de habitantes.
O alerta aponta a "elevada probabilidade de sofrer doenças provocadas pelo calor e insolação em todas as faixas etárias". As temperaturas elevadas são comuns nesta época do ano na Índia, mas os estudos científicos indicam que a mudança climática tornou as ondas de calor mais prolongadas, frequentes e intensas.
"Todo mundo quer ficar em casa", disse Roop Ram, um vendedor ambulante de 57 anos, que enfrenta dificuldades para vender seus alimentos fritos.
Racionamento de água
O nível do rio Yamuna, um afluente do Ganges que atravessa Nova Délhi, diminui consideravelmente durante os meses mais quentes, o que deixa a capital muito dependente dos estados agrícolas vizinhos de Haryana e Uttar Pradesh, que têm necessidades significativas de água.
O Paquistão também registrou um pico de 53 graus no domingo em Sind, província na fronteira com a Índia. O Departamento Meteorológico do país espera uma queda da temperatura a partir de quarta-feira, mas alertou para novas ondas de calor em junho.
Os estados de Bengala Ocidental e Mizoram, no nordeste indiano, foram afetados por fortes ventos e chuvas na passagem do ciclone Remal, que deixou 65 mortos em Bangladesh e na Índia no fim de semana.
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