Viagens para Marte estariam em risco após descobertaReprodução / Internet

Um novo estudo da Universidade de Londres (UCL) indica que viagens de seres humanos ao espaço sideral facilitam a deterioração dos rins. Nos experimentos, ratos expostos à mesma quantidade de radiação que o tempo de uma expedição de ida e volta a Marte, com duração de três anos, chegaram a perder permanentemente as funções renais. As descobertas foram publicadas na revista "Nature Communication".
Dados na pesquisa também incluem releituras de missões de astronautas fora da Terra. Em menos de um mês nessas condições, os túbulos renais, que regulam as quantidades de sal e cálcio no corpo, demonstraram sinais de encolhimento. Isso estaria relacionado à microgravidade.
Segundo Keith Siew, pesquisador da UCL e líder do estudo, com as tecnologias que temos, uma viagem a Marte custaria caro. "Se não desenvolvermos novas maneiras de proteger estes órgãos, eu diria que os astronautas poderiam chegar lá, mas precisariam de uma diálise no retorno", disse.
A pesquisa, lançada na última terça-feira (11), afirma que desde a chegada do homem à Lua, em 1969, consequências das viagens ao espaço já são conhecidas, como a perda da massa dos ossos e enfraquecimento do coração. Experimentos sobre o impacto nos rins neste tipo de situação ainda não haviam sido realizados pela ciência.