Barco em que migrantes tentavam viajar foi encontrado em péssimas condições pela RESQSHIPDivulgação / RESQSHIP
Navio humanitário salva dezenas de migrantes de naufrágio no Mediterrâneo
Capitão Ingo Veert disse que a sua tripulação conseguiu salvar 50 migrantes perto da ilha de Lampedusa
O capitão de um navio humanitário de resgate do grupo de ajuda alemão RESQSHIP descreveu à emissora britânica BBC o momento em que a sua tripulação ajudou a resgatar migrantes presos no porão de carga de um barco que estava afundando na costa da Itália. Em entrevista ao programa Today, o capitão Ingo Veert disse que a sua tripulação conseguiu salvar 50 migrantes perto da ilha de Lampedusa, no Mediterrâneo.
De acordo com a reportagem, Vert relatou que, quando o navio de resgate chegou ao barco, sua tripulação deu coletes salva-vidas aos sobreviventes e usou um machado e um martelo para ajudar a resgatar duas pessoas dos destroços. As equipes de resgate encontraram um sobrevivente "quase sem respirar", com temperatura corporal de 32ºC, contou.
O capitão também relatou à BBC que outros 10 homens foram encontrados mortos debaixo do convés do navio. Os sobreviventes do naufrágio foram entregues à Guarda Costeira Italiana e levados para terra na manhã da segunda-feira, 17, enquanto os falecidos eram rebocados para a ilha, segundo o RESQSHIP.
A BBC afirma que os barcos transportavam migrantes que partiram da Líbia e da Turquia, segundo agências da Organização das Nações Unidas (ONU), e que, de acordo com informações da agência de notícias Ansa, as pessoas pagaram cerca de US$ 3.500 cada um pela viagem.
Outras 64 pessoas continuam desaparecidas no mar, depois que outro navio afundou perto da região italiana da Calábria, a cerca de 200 quilômetros da costa, segundo informações prestadas pelos trabalhadores humanitários à BBC. Uma das 12 pessoas sobreviventes morreu após desembarcar, disse a guarda costeira do país.
O Mediterrâneo é a rota de migração conhecida mais mortal do mundo, destaca a BBC, que ainda aponta que mais de 23.500 migrantes morreram ou desapareceram nas suas águas desde 2014, segundo dados da ONU.
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