Expectativa do FMI é de que a IA promova uma remodelação da economia globalReprodução
Inteligência artificial pode agravar desigualdade de renda entre países, diz publicação do FMI
Fundo Monetário Internacional afirmou que países em desenvolvimento enfrentam deficiência de infraestrutura e falta de mão de obra qualificada
O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que o avanço da inteligência artificial pode agravar as desigualdades de renda no mundo. Muitos países em desenvolvimento enfrentam deficiência de infraestrutura e falta de mão de obra qualificada, necessários para o aproveitamento dos benefícios da tecnologia, afirmou o vice-chefe da divisão de política estrutural e climática do Departamento de Pesquisa do FMI, Giovanni Melina, em publicação no blog da instituição.
A expectativa é de que a IA promova uma remodelação da economia global, de acordo com Melina. O recurso poderá pôr em risco 33% dos empregos nos mercados desenvolvidos, 24% nos emergentes e 18% nos de baixa renda, conforme a análise. "Mas, pelo lado positivo, também traz um enorme potencial para aumentar a produtividade dos empregos existentes para os quais a IA pode ser uma ferramenta complementar e criar novos empregos e até novas indústrias", pondera.
O Brasil aparece em estágio intermediário no índice de preparação para a IA, uma métrica que busca medir a capacidade de cada nação de absorver os impactos da tecnologia.
Estados Unidos, Europa Ocidental e China estão entre os mais preparados.
No entendimento de Melina, os governos dos países desenvolvidos devem expandir a estrutura de proteção social, investir no treinamento de trabalhadores e priorizar inovação e integração, ao mesmo tempo em que ampliam a coordenação global.
"A prioridade política para os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento deveria ser estabelecer uma forte base, investindo em infraestruturas digitais e na formação digital dos trabalhadores", recomenda.
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