Presidente mexicano, Andrés Manuel López ObradorAFP

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, pediu aos Estados Unidos nesta terça-feira, 16, que regulem a venda de armas após a tentativa de assassinato contra Donald Trump.

"Ajuda muito, é algo que se deve fazer. (...) Acredito que com o ocorrido, que é muito lamentável, merece uma reflexão", disse o governante esquerdista ao ser perguntado sobre o tema em coletiva de imprensa matutina.

López Obrador pediu a Trump e ao presidente norte-americano que regulem a venda no país vizinho, que, assim como a posse de armas, é livre sob o amparo da segunda emenda da Constituição.

"Seria um ato bem visto pelos americanos se os dois candidatos firmassem um compromisso de regular a venda de armas (...) seria um ato de boa fé em busca da unidade e da paz", avaliou o presidente mexicano.
Obrador acrescentou que isso seria um primeiro passo, pois considera que os Estados Unidos vivem uma "decomposição social" que deve ser resolvida desde a raiz. 
Atentado
O ex-presidente norte-americano foi retirado do palco após disparos serem ouvidos. Um dos tiros acertou de raspão a orelha de Trump, que foi então protegido por seus guarda-costas.
 
Segundo o FBI, o autor dos disparos identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi morto no local. Os tiros também provocaram a morte de um homem que acompanhava o comício. Além disso, outros dois espectadores, também do sexo masculino, foram socorridos em estado grave e encaminhados ao hospital. Todas as vítimas são adultas.
Segundo o órgão de investigação dos EUA, o atirador vivia no distrito de Bethel Park, na Pensilvânia. As autoridades afirmaram que coletaram amostras de DNA para identificá-lo. Ele morava a cerca de 70 km do local do atentado, e estava registrado no sistema eleitoral do estado como republicano.
De acordo com o serviço secreto, ele atirou do telhado de uma fábrica a mais de 130 metros do palco do Butler Farm Show, evento realizado há mais de 70 anos.
A polícia recuperou um fuzil AR-15 semiautomático no local do atentado, segundo a Associated Press. As autoridades acreditam que o atirador agiu sozinho. Ainda assim, a investigação tentará identificar se outras pessoas estão envolvidas no crime. O FBI afirmou que a motivação do atentado contra o ex-presidente ainda é desconhecida.
*Com informações da AFP