Mahmoud al-Aloul, Wang Yi, e Mussa Abu MarzukAFP
Hamas e Fatah concordam em formar governo de unidade em reunião na China
Acordo é o movimento mais recente para reavivar esforços, há muito tempo paralisados, entre os grupos rivais
O grupo terrorista Hamas e o Fatah, o principal partido da Autoridade Palestina apoiado pelos Estados Unidos, concordaram em formar um governo de unidade durante negociações realizadas na China nesta segunda-feira, 22. O amplo acordo é o movimento mais recente para reavivar os esforços, há muito tempo paralisados, entre os grupos rivais para formar um governo para a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
Com Israel prometendo destruir Hamas na guerra em Gaza, os palestinos poderiam tentar apresentar um governo de unidade como uma alternativa ao comando do Hamas sobre o território. Mas uma declaração conjunta emitida após a conversa em Pequim não deu detalhes sobre como ou quando o governo seria formado, dizendo apenas que isso seria feito "por acordo entre as facções".
Desde que Hamas e Fatah prometeram pela primeira vez acabar com sua rivalidade em 2011, várias tentativas de governos de unidade fracassaram. O Hamas tomou o poder em Gaza em 2007, forçando a saída da Autoridade Palestina, dominada pelo Fatah, que administra bolsões dispersos da Cisjordânia ocupada por Israel.
Israel recusou qualquer cenário em que o Hamas participasse do governo da Cisjordânia ou de Gaza e rejeitou os pedidos dos Estados Unidos para que a Autoridade Palestina governasse Gaza após o fim da guerra.
A falta de uma visão pós-guerra para administrar Gaza complicou as negociações sobre um cessar-fogo no conflito de quase 10 meses em Gaza. A declaração conjunta de Pequim foi assinada por 14 facções palestinas, incluindo a Jihad Islâmica, que luta ao lado do Hamas em Gaza, e a Frente Popular para a Libertação da Palestina, de esquerda.
De acordo com o Times of Israel, a declaração do acordo diz que as facções "se comprometem com o estabelecimento de um estado palestino independente com Jerusalém como sua capital" e com "garantir o retorno dos refugiados palestinos de acordo com a Resolução 194", uma decisão da ONU de 1948.
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