Em pronunciamento, Biden defende legado, diz que democracia está em jogo e pede apoio a KamalaAFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um pronunciamento no Salão Oval da Casa Branca na noite desta quarta-feira (24), após desistir de disputar as eleições americanas deste ano. Durante sua fala, o democrata disse que democracia está em jogo e pediu apoio a Kamala Harris, atual vice-presidente e que foi escolhida pelo partido para concorrer com Donald Trump. 
"Decidi que o melhor caminho a seguir é passar a tocha para uma nova geração. Essa é a melhor maneira de unir a nossa nação. Há um lugar e um tempo para isso. Há um tempo para seguir a vida pública. E há tempo também para vozes frescas, vozes mais jovens. Esse lugar, esse tempo, é agora. Nos próximos seis meses, estarei focado em seguir o meu trabalho como presidente", declarou Biden. O político enfrentou pressão do partido e dos adversários após apresentar lapsos de memória durante a campanha eleitoral. 
Durante o pronunciamento, Biden não citou o nome de Trump, mas falou sobre o adversário nas entrelinhas, além de pedir apoio a Harris. "A grande coisa sobre a América é que aqui, reis e ditadores não governam. O povo governa. A história está em suas mãos. O poder está em suas mãos (...) A América tem de escolher entre seguir em frente ou voltar para trás. Entre esperança ou ódio. Entre união e divisão. Temos de decidir se ainda acreditamos em honestidade, decência, respeito, liberdade, justiça, democracia. Em apenas alguns meses, o povo americano escolherá o curso do futuro da América. Fiz minha escolha. Deixei minhas opiniões conhecidas. Quero agradecer à nossa grande vice-presidente Kamala Harris. Ela é experiente. Ela é forte, é capaz. Ela tem sido uma parceira incrível para mim e líder do nosso país. Agora a escolha é sua, do povo americano: vocês fazem essa escolha", disse. 
Por fim, Biden deixou claro que as prioridades para os meses finais de seu governo são "parar" o presidente russo, Vladimir Putin, acabar com a guerra em Gaza e manter a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) forte. "Nas últimas semanas ficou claro para mim que eu precisava unir meu partido nesse desafio crítico. Eu acredito, como presidente, que minha liderança no mundo, no meu país, em uma visão para o futuro dos Estados Unidos, seria importante um segundo mandato. Mas nada pode ficar no caminho de salvar a nossa democracia. Isso inclui ambições pessoais", concluiu.