Meta é a empresa controladora dos aplicativos Facebook, Messenger, WhatsApp e InstagramDivulgação

O gigante tecnológico Meta pediu desculpas nesta terça-feira, 6, por excluir de suas redes sociais publicações do primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, sobre o assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh.
O pedido foi feito um dia após Anwar pedir explicações a representantes da Meta sobre as exclusões no Facebook e Instagram. Meta é a empresa matriz das duas redes sociais.
"Nos desculpamos por um erro operacional pelo qual o conteúdo do primeiro-ministro foi removido das páginas do Facebook e Instagram", disse Meta em um comunicado enviado a AFP. "O conteúdo foi restabelecido com a identificação correta", acrescentou.
O líder político do movimento islamista palestino Hamas morreu na semana passada em Teerã, capital iraniana, em um ataque atribuído a Israel, que não se pronunciou sobre o fato.
Entre as publicações de Anwar, um vídeo mostra o primeiro-ministro conversando por telefone com um alto cargo do Hamas para oferecer suas condolências.
Uma mensagem do Meta, compartilhada por Anwar, apareceu no Instagram informando que as postagens foram removidas por associação com "indivíduos e organizações perigosas".
O gabinete de Anwar classificou a remoção das publicações como uma "flagrante supressão da liberdade de expressão" e exigiu um pedido de desculpas. Israel, Estados Unidos e União Europeia consideram o Hamas uma organização terrorista.
Anwar defendeu as relações da Malásia com o Hamas, que lançou um ataque mortal contra Israel em 7 de outubro que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza.
No entanto, Anwar esclareceu em março que seu país tem relações com a ala política do Hamas, não com seu braço militar.