Rússia reivindicou a tomada de um novo vilarejo, o de Tymofiivka, localizado em direção à cidade de PokrovskReprodução
Rússia afirma ter repelido incursão ucraniana em região fronteiriça
Governador interino da região de Kursk, Alexei Smirnov, também informou que três civis morreram durante os ataques
A Rússia afirmou, nesta terça-feira (6), ter repelido uma tentativa de ofensiva em uma região fronteiriça com a Ucrânia, após várias operações similares reivindicadas nos últimos meses por um grupo de combatentes pró-Kiev.
O governador interino da região de Kursk, Alexei Smirnov, também informou no Telegram que três civis morreram durante o dia em ataques ucranianos nesta região russa.
O Ministério da Defesa da Rússia relatou um "ataque" ucraniano transfronteiriço com tanques e veículos blindados às 8h, horário local (2h em Brasília).
As forças russas "repeliram" em solo russo "os ataques e causaram danos com fogo ao inimigo", disse o Ministério em um comunicado no Telegram.
Em um vídeo curto postado na mesma plataforma, que foi apresentado como tendo sido gravado na terça-feira durante esse combate na fronteira, um tanque ucraniano é visto do céu sendo atingido por um projétil.
Os militares russos afirmaram que os membros do "grupo de sabotagem se retiraram para o território ucraniano, onde continuam sob fogo".
De acordo com o governador regional Alexei Smirnov, os combates estão ocorrendo nos distritos russos de Sudjan e Korenevsky. "A artilharia e a aviação estão atingindo o inimigo ucraniano", disse ele.
Questionado pela AFP, um porta-voz do Exército ucraniano se recusou a comentar a situação na fronteira.
As forças russas "fracassam em sua defesa" da região de Kursk, assegurou Andri Kovalenko, um funcionário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa ucraniana, sem dar mais detalhes.
Smirnov também reportou nesta terça-feira "bombardeios maciços" e ataques de drones ucranianos dirigidos à sua região, que causaram pelo menos três mortes de civis e 13 feridos, incluindo quatro crianças.
Várias incursões de combatentes armados na Rússia ocorreram desde o início da ofensiva russa contra a Ucrânia em fevereiro de 2022.
Suas operações aumentam a pressão sobre as localidades russas próximas à Ucrânia, submetidas regularmente a bombardeios mortais em represália pelos ataques russos no território ucraniano.
As forças russas afirmam ter repelido essas incursões todas as vezes.
Na frente de batalha, a Rússia reivindicou nesta terça-feira a tomada de um novo vilarejo, o de Tymofiivka, localizado em direção à cidade de Pokrovsk um setor onde as forças ganharam terreno nas últimas semanas e onde a situação é "difícil", segundo o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.
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